China facilita investimento estrangeiro nos mercados para impulsionar economia

Os líderes chineses estão a aliviar as restrições ao investimento estrangeiro nos mercados financeiros do país para impulsionar o crescimento económico, numa altura em que mudarão os rostos da liderança.
Rita Dias Baltazar 12 de Novembro de 2012 às 12:05

O país alargará a quota dos investidores institucionais estrangeiros qualificados (QFFII), actualmente nos 80 mil milhões de dólares, pela segunda vez este ano. Em Julho, a China já tinha aliviado as restrições do acesso de estrangeiros, aos mercados de capitais.

As entidades reguladoras chinesas chegaram já a um acordo com o banco central chinês e com a administração de divisas para aumentar a QFII, garantiu Guo Shuqing, responsável pela regulação.

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Aumentará também o limite para os investidores que pretendam colocar fundos obtidos no exterior, nos mercados chineses.

De modo a atrair mais investimento estrangeiro para os mercados as entidades reguladoras estarão a considerar aumentar também a quota de investimento para os investidores individuais, segundo Shuqing.

O limite do investimento para os maiores investidores estava fixado em 1.000 milhões de dólares (786,5 mil milhões de euros). Gou Shuqing afirmou que agora o país alargará este limite para “2 mil milhões, 3 mil milhões, ou 5 mil milhões” de dólares. O mesmo responsável acrescentou que a China pondera oferecer benefícios fiscais aos investidores institucionais estrangeiros qualificados.

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Com esta medida a China está a abrir o seu sistema financeiro ao resto do mundo, como explicou Guo Shuqing no congresso de onde se escolherão os líderes do país para os próximos anos, de acordo com a CNN. Shuquing terá sido pressionado politicamente para estabilizar os mercados financeiros a tempo congresso do Partido Comunista.

Hu Jintao, de saída da liderança, do Partido Comunista fez apenas uma breve referência acerca da “profunda reforma do sistema financeiro”, no discurso de abertura do congresso.

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