Costa anuncia "progressos significativos" nas negociações sobre a Ucrânia
O presidente do Conselho europeu anunciou esta segunda-feira "progressos significativos" nas negociações sobre um plano de paz para a Ucrânia e sublinhou que decisões como sanções, alargamento e congelamento de ativos têm de passar pela União Europeia.
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"A reunião de ontem, [domingo] em Genebra, entre os Estados Unidos, Ucrânia, instituições da União Europeia (UE) e seus representantes,ficou marcada por progressos significativos", disse o português António Costa, em Luanda.
"Os Estados Unidos e a Ucrânia informaram-nos que as discussões foram construtivas e que foram alcançados progressos em diversos assuntos. Saudamos este passo em frente e, apesar de alguns assuntos terem de ser resolvidos, a direção é positiva", acrescentou, após uma reunião informal do Conselho Europeu, que serviu também para reafirmar o apoio europeu à Ucrânia, face à invasão russa.
"É também claro que as questões que dizem respeito diretamente à União Europeia como sanções, alargamento ou congelamento de ativos requerem o envolvimento completo e a decisão da União Europeia", sublinhou, afirmando, no final, que a solução para o conflito não passa por um cessar-fogo temporário, mas por uma paz duradoura.
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Reunião informal do Conselho Europeu em Luanda, (na qual marcou presença o primeiro-ministro, Luís Montenegro, com alguns dos líderes europeus a participarem por videoconferência), à margem da cimeira entre a UE e a União Africana, que se realiza segunda e terça-feira.
O plano de 28 pontos elaborado pelo Governo do Presidente norte-americano, Donald Trump, gera grande preocupação em Kiev, por incluir várias exigências russas: cedência de território, redução do exército e renúncia à adesão à NATO. Em contrapartida, prevê garantias de segurança ocidentais para evitar novos ataques.
Trump deu à Ucrânia até 27 de novembro para responder às propostas. Em caso de rejeição, o Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou continuar os avanços militares no terreno, onde as tropas russas mantêm vantagem.
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Perante a pressão simultânea dos Estados Unidos e da Rússia, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, iniciou consultas com aliados europeus.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.
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