Costa diz que bancos têm "grande vontade" de "acomodar" impacto dos juros

O primeiro-ministro pede que se encare o aumento das prestações da casa "sem dramatismo", e diz acreditar que é possível reduzir o impacto da subida das taxas de juro através de negociações com os bancos.
Costa diz que bancos têm "grande vontade" de "acomodar" impacto dos juros
Inês Santinhos Gonçalves 24 de Outubro de 2022 às 11:21

O primeiro-ministro diz que os vê nos bancos "uma grande vontade de encontrarem, por via negocial com os seus clientes, as melhores formas para acomodarem o impacto da subida das taxas de juro".

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Em declarações aos jornalistas, à margem do Fórum para as Competências Digitais, António Costa comentou que já no período da pandemia houve "muita tensão em torno deste tema", mas que foi "possível ultrapassar" a questão, incentivando os portugueses a negociarem diretamente com os bancos.

"Nós vamos aprovar um diploma que favorece essa negociação e elimina os custos associados a essa negociação", sublinhou. "Acho que devemos encarar sem dramatismo a situação que estamos a viver", sublinhou.

"A convicção que tenho é que, entre o Banco de Portugal, a Associação Portuguesa de Bancos e os mecanismos que o governo também dispõe, será possível evitar que esta evolução das taxas de juro tenha consequências dramáticas", voltou a dizer. "Significa isto que as pessoas não vão pagar mais pelo seu crédito? Vão seguramente pagar mais pelo seu crédito. O que quer dizer é que temos de manter essa evolução sem que haja uma situação de crise social, de perda da habitação", acrescentou

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Ainda assim, o primeiro-ministro admitiu que "não é desejável que a taxa de juro suba tanto", até porque a inflação que se sente na Europa é maioritariamente causada pela guerra. "Não é propriamente com taxas de juro que combatemos esta inflação", sublinhou.

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