Crescem suspeitas de que queda de avião no Cazaquistão foi causada por míssil russo
O avião da Azerbaijan Airlines (AZAL) que se despenhou esta quarta-feira no Cazaquistão poderá ter sido atingido por um míssil antiaéreo russo. A suspeita foi avançada por duas fontes governamentais do Azerbaijão à Euronews, sob condição de anonimato, numa altura em que estão confirmadas 38 mortes e há dezenas de feridos no trágico acidente que abalou a manhã de Natal.
A aeronave Embraer 190 de fabrico brasileiro, com o número de voo 8432, partiu de Baku, capital do Azerbaijão, e tinha como destino a cidade russa de Grozny, na região da Chechénia. A bordo seguiam 67 pessoas, incluindo cinco tripulantes. Segundo fontes do Governo do Azerbaijão, o avião terá sido atingido por estilhaços de um míssil terra-ar quando se encontrava já em espaço aéreo russo.
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O avião terá solicitado permissão para fazer uma aterragem de emergência quando se aproximava já do local de destino. A aeronave foi, no entanto, direcionada para o aeroporto de Makhachkala, no Daguestão russo, devido ao nevoeiro forte e depois para o aeroporto de Aktau, no Cazaquistão.
Foi em Aktau que a aeronave acabou por se despenhar, quando se encontrava a pouco mais de três quilómetros do aeroporto da cidade cazaque. Nos minutos finais do voo, o Embraer 190 em causa terá feito uma espécie de "oito" no ar e a altitude do voo terá subido e descido repentinamente, de forma descontrolada. A aeronave acabou depois por embater no solo e se incendiar.
O relatório preliminar ao acidente indicava que a aeronave terá alegadamente colidido com pássaros. Porém, vários passageiros que sobreviveram ao acidente relatam que ouviram uma explosão e que o avião terá sido atingido, de seguida, pelo que pareciam ser estilhaços. Imagens do acidente apontam também para que o avião tenha sido atingido acidentalmente pelo sistema de mísseis de defesa aérea.
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A Ucrânia acusa a Rússia de ter abatido o avião da AZAL com um míssil de defesa aérea e fonte da Administração Biden confirma essa possibilidade à Reuters. O chefe do Centro de Combate à Desinformação do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, Andri Kovalenko, sugere que "a Rússia devia ter fechado o espaço aéreo sobre Grozny" e não o fez, numa altura em que decorria um ataque de drones na região.
As causas do acidente estão ainda por apurar. Para o local, seguiu já uma delegação oficial da AZAL e peritos brasileiros da Embraer deverão chegar ao Cazaquistão na sexta-feira para participarem na investigação.
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*Com agências
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