Espanha anuncia novas medidas de contenção do défice

Espanha intensificou os esforços para combater um contágio da crise da dívida soberana na Europa, dizendo que irá vender uma participação no negócio da lotaria e eliminar a ajuda suplementar aos desempregados atribuída depois de terminado o subsídio de desemprego.
Carla Pedro 01 de Dezembro de 2010 às 10:24

A empresa estatal espanhola Loterias y Apuestas del Estado registou um lucro de 2,99 mil milhões de euros em 2009, um crescimento de 3,5% face ao ano precedente, e canalizou 2,92 mil milhões de euros para o Tesouro espanhol.

O governante permitirá também que os aeroportos de Madrid e Barcelona sejam geridos por privados, no âmbito de um plano que possibilita aos investidores comprarem 49% do negócio de gestão dos aeroportos, salienta a Bloomberg. Este anúncio surpreendeu, já que se falava numa privatização de apenas 30%.

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Por outro lado, o subsídio social de 426 euros por mês pago aos desempregados que já perderam o direito ao subsídio de desemprego, e que beneficia 200.000 pessoas, expirará em Fevereiro do próximo ano, anunciou Zapatero.

O subsídio de desemprego é pago durante dois anos e a meio deste ano o Estado espanhol já tinha pago 1,2 mil milhões de euros no subsequente subsídio social de desemprego que foi introduzido em Agosto de 2009.

Recorde-se que Espanha tem a taxa de desemprego mais elevada da União Europeia, tendo atingido os 20,7% em Outubro.

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O primeiro-ministro avançou que, a partir de Fevereiro de 2011, os serviços públicos de emprego contarão com mais 1.500 orientadores, com o objectivo de gerar actividade e facilitar a criação de emprego.

Zapatero anunciou, citado pelo “Cinco Días”, que na próxima sexta-feira aprovará um pacote de medidas destinadas a favorecer o investimento económico e o emprego, que incluem benefícios fiscais às pequenas e médias empresas.

Estas medidas agora anunciadas juntam-se a outras tomadas por Espanha para tentar reduzir o seu défice orçamental – o terceiro maior da UE -, que ascendeu a 11% do PIB no ano passado e que o governo quer cortar para 6% em 2011.

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