"Estão do lado errado da história". Guterres acusa bancos de abandonarem luta climática
Na primeira intervenção depois da tomada de posse de Donald Trump como Presidente dos EUA, o secretário-geral da Nações Unidas (ONU), afirma que as instituições financeiras estão a abandonar diversas alianças que procuram promover a luta pelo clima e pela descarbonização da economia.
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No Fórum Económico Mundial, que decorre em Davos, António Guterres acusa os bancos de "miopia" e de serem "contraproducentes". "Vocês estão do lado errado da História. Estão do lado errado da ciência", criticou esta quarta-feira, 22 de janeiro, citado pela imprensa internacional.
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O avanço da chamada "lei do silêncio verde" entre as empresas e instituições financeiras levou um impulso com a reeleição do republicano que, logo que tomou posse, assinou despachos para retirar os EUA do Acordo de Paris e da Organização Mundial da Saúde, dois dos principais acordos e organizações patrocinados pelas Nações Unidas.
Apesar de a era Trump 2.0 ameaçar as empresas "verdes", Guterres garante que, "aconteça o que acontecer", o fim da era dos combustíveis fósseis é "inevitável, não importa quantos interesses o tentem impedir". "A energia barata e abundante fornecida pelas energias renováveis" representa "uma oportunidade económica extraordinária", algo que "beneficiará as pessoas em todos os países", sublinhou o secretário-geral.
O secretário-geral da ONU lembrou que a liderança dos executivos das empresas presentes no Fórum é fundamental para a luta contra o aquecimento global, "agora, mais do que nunca". "Não voltem atrás. Fiquem do lado certo da História", insistiu.
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Mesmo antes de Donald Trump ter regressado à Sala Oval, o ano já tinha começado com a retirada de várias empresas norte-americanas da aliança internacional que nasceu na Cimeira do Clima de Glasgow, em 2021.
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Os seis maiores bancos dos Estados Unidos - JP Morgan, Citigroup, Bank of America, Morgan Stanley, Wells Fargo e Goldman Sachs - deixaram a Net-Zero Banking Alliance, patrocinada pela ONU.
À lista de saídas de alianças juntou-se ainda a BlackRock, que há uma semana abandonou o Net Zero Asset Managers, isto depois de o CEO Larry Fink se mostrar um dos maiores apoiantes do futuro verde.
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