EUA e Ucrânia "90% de acordo" em plano de paz
Daqui a "umas semanas, se tudo correr bem", os EUA e a Ucrânia poderão ter fechado um acordo para assegurar o apoio dos Estados Unidos ao plano de paz na Ucrânia. Foi o que disse o Presidente norte-americano à saída de um encontro com o homólogo ucraniano, na Florida.
"Se correr mesmo bem [será] daqui a umas semanas, se correr mal pode não acontecer. Daqui a umas semanas saberemos", respondeu, quando questionado sobre o calendário esperado para a finalização deste pacto. Não falou, no entanto, sobre várias questões concretas, como por exemplo, a ocupação do Donbass e a exigência russa de que esse território lhes seja entregue. "É uma coisa que eles vão ter de resolver", comentou apenas.
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Se as negociações não forem bem sucedidas "vão continuar a lutar e vão continuar a morrer", afirmou, garantindo que nenhuma das partes - EUA, Ucrânia e Rússia - quer que isso aconteça.
O Presidente ucraniano assegurou que o saldo foi positivo: "Tivemos grandes conquistas. Acordo de paz de 20 pontos com 90% de acordo, garantias de segurança dos EUA 100% de acordo, dimensão militar 100% acordo, plano de prosperidade está a ser finalizado".
Volodymyr Zelensky não pôs, no entanto, de parte, a possibilidade de o plano ser submetido a um referendo. "Podemos usar um referendo para o plano, mas podemos não usar. Se o plano for muito difícil para a nossa sociedade, então claro que a nossa sociedade terá de escolher", indicou.
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Delegações dos dois países deverão continuar a encontrar-se nas próximas semanas, com Zelensky a abrir a possibilidade de líderes europeus também participarem.
"Estou contente que as nossas equipas estejam perto de uma solução. A Ucrânia está pronta para a paz e gostava de agradecer ao Presidente Trump por uma discussão afável e substancial", afirmou.
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A presidente da Comissão Europeia aplaudiu os progressos feitos este domingo, mas alertou para a importância máxima das garantias de segurança- "A Europa está pronta para continuar a trabalhar com a Ucrânia e os nossos parceiros americanos para consolidar este progresso. Essencial para este esforço é ter garantias de segurança blindadas desde o início", escreveu Ursula von der leyen na rede social X.
Ao contrário do que tinha acontecido no passado, o encontro entre os dois líderes decorreu em ambiente amistoso. Donald Trump já tinha dado vários sinais de que quer acabar com a guerra o quanto antes e parece acreditar que a paz só será possível cedendo a grande parte das exigências de Moscovo. Na proposta que apresentou no final de novembro, Washington pediu concessões que Kiev considera inaceitáveis.
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A reunião entre os dois presidente é vista – mais uma vez – como crucial para acabar com a guerra na Ucrânia que está prestes a completar quatro anos. A Rússia começou a invasão no final de fevereiro de 2022.
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