Justiça espanhola abre processos contra polícia e dirigentes catalães
Depois do referendo, proibido, de domingo, marcado pela violência policial, Madrid e Barcelona travam um conflito que é considerado o mais grave desde o golpe falhado de 1981.
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Encorajado pelo referendo, a greve geral e a manifestação contra a violência policial, que na terça-feira juntou 700.000 pessoas em Barcelona, o presidente do governo regional catalão, Carles Puigdemont, assegurou que se prepara para declarar independência "no final da semana ou no princípio da próxima semana".
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Puigdemont vai fazer hoje uma declaração institucional às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), transmitida pela televisão, segundo fontes da Generalitat (governo regional).
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Os resultados provisórios do referendo, em que votaram apenas 42% dos 5,3 milhões de eleitores, são de 90% de votos favoráveis à independência, mas subsistem dúvidas quanto à transparência da votação e do escrutínio dada a natureza ilegal da consulta e as medidas tomadas para a impedir.
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Hoje, a justiça de Espanha anunciou ter "convocado com vista a acusação formal" o chefe dos Mossos d'Esquadra (polícia regional catalã), Josep Lluis Trapero, uma sua adjunta e dois dirigentes de associações independentistas, no âmbito de um "inquérito por sedição".
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O inquérito diz respeito aos factos ocorridos a 20 de Setembro, quando a detenção de 14 responsáveis do governo separatista desencadeou manifestações contra a polícia nacional em Barcelona.
A polícia catalã é acusada de protelar a sua intervenção para libertar elementos da polícia nacional que estavam cercados num edifício onde realizavam buscas.
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O código penal espanhol prevê que a sedição de um funcionário seja punida com pena até 15 anos de prisão.
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