Leitão Amaro: “Na imigração, precisamos de atrair talento mais qualificado”
O ministro da Presidência insiste na necessidade de um controlo mais apertado na imigração. “Há a necessidade política de imigração, mais regulada, com maior controlo dos fluxos à entrada. Mas há uma mensagem em vários dos pontos principais: precisamos de redirecionar o nosso fluxo para a atração de talento mais qualificado mas também tratar de todo o circuito de integração”, referiu Leitão Amaro, num discurso numa conferência organizada pela BRP.
As afirmações do governante surgem num contexto em que a imigração tem sido um tema de debate público aceso.
PUB
Aliado ao maior controlo e foco na mão de obra com maior qualificação, o ministro destacou ainda a existência de um plano para criação de um “novo canal de imigração regulada”, com a cooperação do Estado e das empresas.
Segundo Leitão Amaro, Portugal possui as raízes para ser “um país de sucesso económico, financeiro e político”, no entanto, está ainda “longe do potencial que pode ser atingido”. De acordo com o ministro, o novo Governo, encabeçado por Luís Montenegro, é responsável pela criação de um capítulo de prioridades com 150 medidas, que, no seu discurso, reduziu para três transformações principais: a transição para uma cultura de sucesso e valorização do esforço; a guerra à burocracia; fazer as pazes com os privados.
No caminho para a valorização do sucesso, Leitão Amaro considera que a mudança do regime fiscal é “a mãe de todas as reformas”. “A carga fiscal sobre o trabalho está mais baixa e é um caminho que temos de continuar a fazer”, sublinhou o ministro, referindo que a proposta de redução de IRS vai a votação esta sexta-feira. “Desde o verão de 2023 que Portugal não conheceu decisões que aumentassem impostos”, mencionou, sublinhando ainda a melhoria dos “amparos” e da “valorização do bom desempenho” para que se atinjam melhores resultados.
PUB
Já na “guerra à burocracia”, o ministro assegura que está é uma “prioridade fundamental deste governo” e pauta-se por quatro etapas: “a simplificação de procedimentos; a digitalização; transformações orgânicas e a alteração das políticas de recursos humanos do Estado”. Para Leitão Amaro, a dificuldade nos processos burocráticos e a “falta de comunicação” afetam o desempenho português.
O final da intervenção foi reservado à necessidade de estabelecer parcerias e desmistificar o “medo” da iniciativa privada. “Só conseguimos suprir as necessidades que temos se mobilizarmos a oferta de todos os setores”, afiançou.
“Da habitação, à saúde, à imigração, temos de conseguir multiplicar a capacidade de resposta do Estado”, declarou, comparando o sucesso na economia a um jogo de raquetes, “em que o objetivo é manter a bola no ar e cooperar no resultado”. Desta forma, o ministro da Presidência acredita que a multiplicação da capacidade de resposta do Estado passa pela adoção de uma ideia “descomplexada” sobre ser privado.
PUB
Saber mais sobre...
Saber mais Empresas Ministro (governo) Imigração Política Portugal Luís MontenegroMais lidas
O Negócios recomenda