Manuel Clemente já é cardeal
Manuel Clemente, que desde quinta-feira participa em Roma numa reunião do Colégio de Cardeais para debater a reforma do governo da Igreja, é um dos 20 novos cardeais [15 eleitores e cinco não eleitores] anunciados pelo papa Francisco em Janeiro.
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A cerimónia de investidura está a ser testemunhada por três membros do Governo e cerca de 300 portugueses que se deslocaram a Roma.
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O patriarca de Lisboa passa, a partir de hoje, a colaborar mais directamente com o papa e a poder participar em futuras escolhas do líder da Igreja Católica.
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Juntamente com Manuel Clemente serão também investidos o bispo Arlindo Gomes Furtado, de Cabo Verde, país que pela primeira vez tem um cardeal, e Júlio Duarte Langa, bispo emérito de Xai-Xai, Moçambique, que por ter mais de 80 anos não terá capacidade eleitoral.
O Estado português está representado na cerimónia pelo vice primeiro-ministro, Paulo Portas, pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, e pelo secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier.
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Antes de atribuir o barrete cardinalíceo e o anel, o papa Francisco pediu aos novos cardeais da Igreja Católica para terem "um forte sentido de justiça" e instou-os a praticarem a caridade, alertando para os perigos da inveja e do orgulho.
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Segundo Francisco, a caridade significa ser magnânimo e benevolente: "A magnanimidade é, em certo sentido, sinónimo de catolicidade. É saber amar sem limites, mas ao mesmo tempo com fidelidade nas situações particulares e com gestos concretos".
Advertiu ainda que os cardeais não estão imunes à tentação da inveja e do orgulho e, para a superarem, reiterou o seu apelo à caridade.
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Francisco avisou ainda os cardeais para o perigo da raiva, considerando que é desculpável uma irritação momentânea, mas não o rancor, sublinhando também que ser-se cardeal é uma dignidade mas não uma distinção honorífica.
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