Marcadas manifestações por causa dos incêndios em vários pontos do país
Os incêndios que começaram no domingo, no Norte e Centro do país, e que mataram pelo menos 36 pessoas estão a gerar alguma indignação. Há protestos marcados através das redes sociais e esta terça-feira na TSF o arcebispo primaz de Braga pede aos portugueses que se indignem e peçam respostas.
PUB
"Teremos que nos indignar, sem dúvida nenhuma, e exigir que tudo isto suscite respostas bem concretas, de modo a que não fiquemos pelas palavras, pelos discursos e para que algo de novo possa acontecer", disse D. Jorge Ortiga aos microfones da rádio.
Ao mesmo tempo, o Expresso avança esta manhã que na zona Centro estão a ser marcados protestos para a hora do conselho de ministros extraordinário agendado para sábado e que servirá para retirar conclusões do relatório da comissão técnica independente sobre a tragédia de Pedrógão de 17 e 18 de Junho, onde morreram 64 pessoas.
PUB
O jornal explica que há manifestação marcada para o Parlamento e para o centro dos concelhos afectados, um movimento que estará a nascer nas Aldeias de Xisto.
Nas redes sociais também estão a ser agendados protestos na sequência dos incêndios de Outubro. Para hoje mesmo, às 19:30, está marcada uma concentração junto à residência oficial do Presidente da República, com o nome "Todos a Belém", que quer dar conta a Marcelo da "repulsa" pelos acontecimentos.
PUB
Para dia 21 de Outubro está marcada uma "Manifestação Silenciosa Portugal Contra os Incêndios" em Lisboa, na Praça Luís de Camões, entre as 16:00 e as 19:00. Para o Porto está marcada manifestação idêntica, que começa à mesma hora e prolonga-se até às 20:00 na Avenida dos Aliados. Na Praça 8 de Maio em Coimbra está agendada a mesma manifestação silenciosa para o próximo sábado à mesma hora.
A Agência Lusa falou esta manhã com Sónia Cunha, de Vila Real, que marcou um protesto para Vila Real onde pedia às pessoas que " no domingo às 11:00 vistam camisolas brancas e vão para as principais praças da cidade de todo o país para silenciosamente e pacificamente se manifestarem em sinal de respeito e solidariedade", e que está a tentar contactar os organizadores das restantes manifestações para que estas possam juntas ter mais força.
PUB
O primeiro-ministro, António Costa, rejeitou esta segunda-feira demitir a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e prometeu para o conselho de ministros extraordinário de sábado a adopção de medidas de prevenção e combate aos fogos, depois de conhecidas as conclusões do relatório da comissão técnica independente.
As opiniões sobre se Costa devia ou não demitir a ministra da Administração Interna dividem-se no plano dos partidos e fora dele. "Se tivesse sido demitida a seguir a Pedrógão estávamos aqui a pedir a cabeça" do novo responsável, disse segunda-feira à noite na Sic, o ex-comissário europeu António Vitorino. O fundador do Bloco de Esquerda Francisco Louçã defendeu a criação de um "novo ministério" que juntasse a agricultura, a floresta e o combate aos fogos "com outras pessoas" e que permitisse um refrescamento. Marques Mendes, também conselheiro de Estado, defende que as pessoas "perderam a confiança no Estado completamente". "Não sei como se faz sem mudar a liderança política."
PUB
Adam Smith aos 250 anos
Quem pediu o euro digital?
Mais lidas
O Negócios recomenda