Elon Musk terá pedido a Donald Trump para recuar nas tarifas

O conselheiro do Presidente, que está na Administração dos EUA para eliminar gastos públicos desnecessários, apelou a Trump que impusesse tarifas zero entre os EUA e a Europa. Impacto das tarifas na Tesla é "significativo", disse Musk.
Kevin Lamarque/Reuters
Bárbara Cardoso 08 de Abril de 2025 às 11:36

Elon Musk terá feito um pedido direto ao Presidente dos EUA, Donald Trump, para reverter as tarifas recíprocas de 10% aos parceiros comerciais, anunciadas na passada quarta-feira.

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Ainda que sem sucesso, o apelo feito durante o fim de semana parece marcar o primeiro grande desentendimento entre o conselheiro da nova Administração norte-americana e de Trump.

A notícia, avançada pelo Washington Post, refere ainda que o homem mais rico do mundo terá mesmo pedido "tarifas zero" entre os EUA e a Europa, num discurso via online feito no Congresso do partido de direita Lega, também durante o fim de semana.

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A discórdia surge ainda num momento em que circulam notícias de que o bilionário esteja de saída da Administração. Segundo o site "Politico", Trump já acertou calendários com o empresário e decidiu quando deixará o comando do DOGE.

Apesar de Musk afirmar que a informação é falsa, Trump admitiu que o bilionário pode sair de cena política em breve para voltar aos comandos da Tesla. 

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O CEO da Tesla lidera o Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos (DOGE, na sigla em inglês), uma agência criada com o objetivo de reduzir gastos e aumentar a eficiência do governo federal.

Considerado um "funcionário especial", Musk tem vindo a criticar o arquiteto do plano das tarifas dos EUA, Peter Navarro, e compartilhado vídeos nas redes sociais dos "beneficios da cooperação internacional". 

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Além disso, o lado empresarial do conselheiro não deixa de se fazer sentir. Musk admitiu já que o impacto das taxas vai afetar a Tesla de forma significativa. No primeiro trimestre do ano, a entrega de veículos foi "desastrosa". A empresa entregou mais de 336 mil veículos, menos 50 mil unidades face ao período homólogo.

Aliás, o "símbolo político" de Musk - e, consequentemente, da Tesla - tem afundado a imagem da empresa e os analistas não antecipam bons ventos. 

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