New York Times destaca as "luas" de Costa na "grande retoma" de Portugal
Do "humilhante resgate internacional" à "ousadia de abandonar a austeridade". A transformação da economia portuguesa nos últimos oito anos volta a estar esta segunda-feira, 23 de Julho, em destaque na imprensa internacional. Desta vez foi o New York Times a publicar uma reportagem que destaca a formação da geringonça como "a ignição para um ciclo virtuoso que meteu a economia num percurso de crescimento".
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Neste "desafio aos críticos que insistiam na austeridade como a resposta para o crescimento económico e para a crise financeira", o jornal americano sublinha que os responsáveis europeus tiveram de admitir que "Portugal pode ter encontrado uma melhor resposta para a crise" e, inclusive, "premiaram Lisboa ao elevar o ministro das Finanças, Mário Centeno, que ajudou a projectar estas mudanças, a presidente do influente" Eurogrupo.
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Por outro lado, neste artigo elogioso assinado por Liz Alderman, a correspondente que a partir de Paris escreve sobre matérias económicas europeias, são assinaladas também algumas "vulnerabilidades" estruturais e conjunturais, como o arrefecimento da economia durante este ano, a precariedade laboral, o salário mínimo de apenas 580 euros ou o investimento público em mínimos de quatro décadas para conter o défice, ao mesmo tempo que cresce a contestação por parte dos sindicatos.
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Em declarações citadas pelo NYT, António Costa admite que "ainda há muito para fazer". "Não passámos do lado escuro para o lado luminoso da lua", ilustra o primeiro-ministro, que em meados de Junho andou por Times Square a promover a onda da Nazaré. Ainda assim, o governante reclama que no início da legislatura "muitas pessoas diziam que aquilo que [queriam] atingir era impossível" e que a aliança protagonizada por socialistas, comunistas, bloquistas e Verdes "mostrou que há uma alternativa".
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O barómetro político da Aximage para o Negócios e Correio da Manhã, referente a Julho, mostra que o PS continua a liderar as intenções de voto para as eleições legislativas de 2019, obtendo 39% e subindo dois pontos face ao mês passado. A confirmarem-se estas previsões, Costa precisará de repetir a "geringonça" ou de procurar apoio no PSD de Rui Rio para governar com maioria no Parlamento.
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