Parque verde que vai alojar Feira Popular de Lisboa pronto em 2018
"Nós estamos a construir as acessibilidades, estamos com os processos para tratar da modelação dos terrenos e para construir o parque verde e creio que, no início do próximo ano, teremos o parque verde concluído e com capacidade para servir a população", afirmou Fernando Medina, que falava à margem de uma sessão dirigida a empresas e investidores para apresentar o projecto da nova Feira Popular, à qual os jornalistas não puderam assistir.
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Criada em 1943, a Feira Popular de Lisboa fechou em 2003, depois de ter funcionado em locais como Palhavã e Entrecampos.
No final de 2015, a autarquia anunciou que a Feira Popular iria voltar, inserida num parque urbano de 20 hectares em Carnide.
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Fernando Medina referiu que, paralelamente, "correrá o concurso e o processo de investimento na construção da zona de diversões da Feira Popular", que ocupará perto de nove hectares.
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Enquanto a autarquia detém todo o espaço verde, cede, durante um período ainda não definido, a gestão e a manutenção a privados.
Esse concurso público será lançado "durante o ano de 2017", assinalou o responsável.
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Para a sessão de hoje, realizada no cineteatro Capitólio, no Parque Mayer, inscreveram-se "investidores de vários países e de várias nacionalidades", apontou o autarca.
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"Queremos que muitos investidores se interessem por este projecto para poderem aportar ideias e nos darem sugestões", acrescentou.
Um estudo preliminar datado de Outubro de 2015 e divulgado em Junho do ano seguinte, encomendando pela autarquia a uma empresa holandesa, refere que a Feira Popular deverá representar um investimento de cerca de 70 milhões de euros.
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O documento, elaborado pela empresa holandesa Jora Vision - que já fez estudos semelhantes para outros parques temáticos da Europa -, precisa que neste número se inserem as atracções (que representam a maior fatia de investimento, na ordem dos 27 milhões de euros), o trabalho no terreno (20 milhões), a decoração (15 milhões), a construção (5,2 milhões) e o 'design' e engenharia (3,2 milhões).
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No que toca aos visitantes, a empresa define como dois principais públicos-alvo as famílias e os aventureiros que procuram emoções fortes, ainda que assinale que ali haverá "atracções para entreter um vasto público".
A expectativa é de que os visitantes possam frequentar a nova Feira Popular em 2018, de acordo com o estudo, que aponta um total de 800 mil nesse ano.
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No ano seguinte, o número deverá subir para 900 mil e atingir um milhão em 2020.
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O estudo preliminar aponta ainda que os bilhetes deverão custar dois euros.
Na sessão, marcaram também presença empresários da diversão itinerante, que hoje se manifestam para reivindicar medidas de apoio à sustentabilidade do sector.
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Falando aos jornalistas, o presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Diversão (APED), Luís Fernandes, lamentou que os empresários ainda não tenham sido envolvidos no projecto da nova Feira Popular.
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Em reacção, Fernando Medina assinalou que a autarquia está "numa fase prévia, da escolha dos parceiros que vão ser responsáveis pelo investimento global".
"Não vai ser feita [para já] a escolha área a área, restauração a restauração, diversão a diversão, não é esse o modelo", concluiu.
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