Passos pede ao PS consenso para reformas estruturais

O Primeiro ministro disse hoje que a proposta do Governo para as reformas estruturais serão conhecidas até ao fim do mês e voltou a apelar à necessidade de um consenso por parte do PS. “As consequências no curto prazo têm custos que não são evitáveis infelizmente”, sublinhou
Passos Coelho parlamento assembleia
Miguel Baltazar
Filomena Lança 19 de Abril de 2013 às 10:42

O primeiro-ministro garantiu esta sexta-feira que as propostas do Governo para a reforma do Estado serão conhecidas até ao final do mês e apelou a um consenso alargado para a sua viabilização.

 

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“Tendo de viver com a realidade e não com a ficção, o Governo não pode deixar de apresentar medidas de carácter estrutural que resolvam o nosso objectivo de inverter a trajectória da dívida e que possam trazer ao país o crescimento da nossa economia”, sublinhou no debate quinzenal no Parlamento.

 

Passos Coelho respondia ao líder da oposição, António José Seguro, que o questionava sobre as reformas e os cortes que estão a ser preparados, perguntando “o que é que o Governo e a troika sabem que o País e este Parlamento não sabem?”

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Passos nada indicou em concreto, mas garantiu que “o Governo tem por missão consensualizar essas propostas”.

 

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“Nós apresentaremos medidas que são importantes para respeitar as metas para o défice negociadas nesta sétima avaliação. Vamos apresentá-las até ao fim deste mês. Mas salvaguardaremos a possibilidade de as substituir por outras e não deixaremos de deixar o espaço necessário para as colocar à discussão”, sublinhou o primeiro-ministro.

 

O líder parlamentar do PSD, Luis Montenegro, viria, pouco depois, sublinhar a mesma ideia: “O País precisa da responsabilidade do PS para não desbaratar a confiança conseguida” e para “projectar nas próximas décadas as medidas estruturais que possam alavancar o crescimento”.

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“Não está em causa salvar o Governo, mas sim ajudar o País”, salientou Montenegro. Por isso, acrescentou, “não podíamos estar mais de acordo quando o Governo abre esta janela de oportunidade de aproximação ao PS”.

 

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O debate quinzenal acontece em dia de aniversário do PS, que comemora 40 anos. Passos Coelho deu os parabéns ao maior partido da oposição, afirmando que foram 40 anos de “vida democrática ao serviço do País” e formulando votos de “que os próximos sejam também intensos para a vida do país, mas António José Seguro não se deixou impressionar com os parabéns, respondendo “tomara eu também ter razões para lhe dirigir felicitações, mas não tenho”.

 

Também Luis Montenegro deixou os parabéns aos socialistas, sugerindo podiam “aproveitar para deixar uma prenda de anos ao País”, aceitando a proposta de consenso oferecida pelo Governo e pelo PSD. 

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