PSD quer Costa no Parlamento na próxima semana

PSD quer ouvir primeiro-ministro na Assembleia da República na próxima semana, para dar "explicação cabal" após demissão de Pedro Nuno Santos.
Paulo rangel
Pedro Ferreira
Sílvia Abreu 29 de Dezembro de 2022 às 11:09

O Partido Social Democrata acusa o Governo socialista de ser "um fator de enorme instabilidade e de total paralisia do país". Os sociais-democratas querem primeiro-ministro a dar "explicação cabal" na Assembleia República já na próxima semana, apontando que "não é tempo de esconder, mas sim de responder".

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"A crise aberta pela demissão do ministro das Infraestruturas é uma crise muito grave. António Costa e o PS obtiveram a maioria absoluta para formar um Governo estável, que protegesse os cidadãos, famílias e empresas nestes tempos difíceis. Ao invés a maioria absoluta de costa é hoje um fator de enorme instabilidade e de total paralisia do país, suspenso como está de uma verdadeira epidemia de crises políticas geradas dentro do Governo", declarou Paulo Rangel, vice-presidente do PSD, aos jornalistas. 

O vice-dirigente dos sociais-democratas, que reagia à demissão de Pedro Nuno Santos, que na madrugada desta quinta-feira apresentou demissão como ministro dos Transportes, Infraestruturas e Habitação, apontou que com esta, chegou-se à cifra de 11 demissões num período de nove meses. 

"É sinal da degradação política a que o Governo da maioria PS chegou. A falta de rumo, de coordenação e até de liderança política é gritante. A autoridade e a credibilidade política do primeiro-ministro saem fortemente abaladas desta onda de crises", asseverou. 

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Paulo Rangel considera que a demissão de Pedro Nuno Santos levanta uma questão essencial. "É preciso perguntar como é que um Governo que apresentou a TAP como absolutamente estratégica para o interesse nacional a pode sujeitar a tantos episódios, escândalos e a tanta errância de decisões e nomeações", disse, acrescentando que a demissão do agora ex-ministro das Infraestruturas não encerra o assunto e deixa muitos pontos em aberto.

Para os sociais-democratas, já não se tratam de casos ou casinhos, "mas sim de vícios originais". "Há um padrão de instabilidade, há um problema estrutural de deterioração e até definhamento do Governo", concluiu. 

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