PSD: Europa vai poder respirar um pouco de alívio após eleições gregas

O vice-presidente da bancada social-democrata considerou hoje que o resultado das eleições legislativas na Grécia permite à Europa respirar de alívio e defendeu que foi feita uma opção política de manutenção no euro.
Lusa 18 de Junho de 2012 às 13:16

"Parece-me que é um resultado que faz com que a Europa possa respirar um pouco de alívio" e que permite "pensar de novo que é possível dar confiança aos mercados, na certeza de que vai ser encontrada uma solução de governo estável", disse à Lusa António Rodrigues.

Os últimos dados oficiais das legislativas antecipadas, realizadas no domingo na Grécia, indicam que o partido conservador Nova Democracia, de Antonis Samaras, vai garantir um resultado entre os 29,5 e os 30 por cento, obtendo 128 lugares no parlamento de 300 lugares (já incluindo o "bónus" de 50 deputados garantido pelo partido mais votado).

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A Syriza, de extrema-esquerda, confirma a segunda posição, com 27,1 por cento por cento e 72 deputados. Já o socialista Pasok, de Evangelos Venizelos, obterá 12,3 por cento (33 deputados) e estará em condições de integrar um governo de coligação com os conservadores, assente numa maioria parlamentar.

Para formar um governo maioritário, uma coligação necessita de assegurar um mínimo de 151 lugares no parlamento.

"A Nova Democracia conjuntamente com o Pasok têm capacidade suficiente para poder ter uma maioria parlamentar estável numa solução governativa", admitiu o representante do PSD, sublinhando que a forma como será feita a necessária coligação é uma questão interna da Grécia.

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"Julgo que o importante é ter uma solução que, por um lado, tenha apoio parlamentar, por outro, garanta novamente a estabilidade política naquele país, mas, acima de tudo, que [permita à Grécia] ter força política para poder voltar a negociar com os líderes europeus e com a 'troika'", referiu.

Independentemente da solução governativa encontrada para a Grécia, António Rodrigues considera que a nova situação daquele país não vai influenciar Portugal.

"Os próprios mercados já interiorizaram que a situação grega e a situação portuguesa são claramente diferentes", disse, acrescentando que "não há um único agente mundial - quer seja de dimensão política, quer tenha natureza económica - que, neste momento, consiga apontar uma falha a Portugal e, portanto, os dois casos são, óbvia e naturalmente, vistos de forma diferente".

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Ainda assim, admitiu, "a solução grega pode traduzir-se nalguma acalmia dos mercados em termos gerais".

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