"Quem não o conhecer que o compre"

O líder do CDS contestou hoje o artigo de opinião do primeiro-ministro publicado no Jornal de Notícias, considerando que foi José Sócrates quem se "zangou com toda a gente" ao longo da governação, e não o contrário.
Negócios com Lusa 11 de Agosto de 2009 às 14:48

O líder do CDS contestou hoje o artigo de opinião do primeiro-ministro publicado no Jornal de Notícias, considerando que foi José Sócrates quem se "zangou com toda a gente" ao longo da governação, e não o contrário. "Quem não o conhecer que o compre. Vem-me falar em atitude na governação, mas há político mais arrogante que este, que não ouve nada do que se lhe diz e não responde a nada do que se lhe pergunta?" - questionou Paulo Portas.

O líder do CDS, que hoje visitou o grupo HUBEL, em Olhão, concordou apenas que existem diferenças em matérias económicas já que o seu partido propõe um "Estado eficiente que responda rapidamente às empresas" em vez de apostar no investimento público. "Ouço muitas vezes a extrema-esquerda a falar nos desempregados mas nunca os vi criar um emprego. Quem cria empregos são os empresários que ou tem condições para criar empregos ou não têm", considerou.

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"Vencer a batalha do emprego" implica uma política económica "virada para as micro, pequenas e médias empresas", afirmou Portas que elencou uma série de propostas como a redução do Pagamento Especial por Conta, devoluções mensais de IVA, pagamento de juros por dívida do Estado ou a redefinição de linhas de créditos para os empresários.

"É aqui que o crescimento de Portugal se pode fazer", salientou Portas, que reclama um "Governo que favoreça quem trabalha" e "modere a carga fiscal", com um "aproveitamento pleno" dos fundos comunitários. Paulo Portas defendeu igualmente um "Estado eficiente" que "não pode constituir um obstáculo ao desenvolvimento da economia", nomeadamente na "aplicação dos fundos comunitários", dando, mais uma vez, como exemplo os atrasos no sector da agricultura.

No artigo publicado no Jornal de Notícias sob o título "Uma escolha decisiva", o primeiro-ministro e secretário-geral do PS lança críticas a toda a oposição, considerando que existe uma "velha lógica de coligação negativa, em que forças políticas de sinal contrário, como a direita conservadora e a esquerda radical, convergem no objectivo comum de atacar o PS e dizer mal de tudo o que se tenta fazer para melhorar o país".

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