Refugiados afogados no Mediterrâneo: Barcelona inaugura mostrador da vergonha
"Estamos a inaugurar este mostrador da vergonha, que vai actualizar em tempo real (o número de) todas as vítimas conhecidas que se afogaram no Mediterrâneo", disse a presidente da autarquia, Ada Colau.
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O monumento consiste num largo pilar rectangular que inclui um contador digital, com a seguinte inscrição: "Isto não é só um número. São pessoas".
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O contador começa com o número 3.034 - a quantidade de refugiados e migrantes que já morreram a tentar atravessar o Mediterrâneo em 2016, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
"Estamos aqui a olhar para o Mediterrâneo na cara e a ver este número - 3.034 pessoas que se afogaram porque não conseguiram uma travessia segura", disse Colau.
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Ada Colau foi interrompida várias vezes por dezenas de pessoas, durante o seu discurso, sendo acusada de "racista" e "hipócrita", refere o El País. Os manifestantes protestavam contra a detenção, esta quinta-feira, de sete vendedores de rua em Barcelona.
O número de vítimas mortais desde o início do ano já supera o do mesmo período do ano passado, avançou a OIM esta semana.
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Uma razão para o elevado número de mortes este ano é a existência de uma série de naufrágios envolvendo navios com capacidade de transporte de várias centenas de pessoas, em vez das habituais embarcações mais pequenas, que podem transportar um máximo de 100 pessoas.
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Os sírios constituem o maior grupo dos que arriscaram e perderam as vidas na perigosa travessia desde o início do ano, seguidos por afegãos e iraquianos.
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