Rússia e China anunciam novo acordo para promoção e proteção de investimentos

Putin sublinhou que o atual intercâmbio comercial, que ascendeu a quase 245 mil milhões de dólares (217 mil milhões de euros), no ano passado, "está longe" do limite máximo para os dois países.
Evgenia Novozhenina
Lusa 08 de Maio de 2025 às 12:08

O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou esta quinta-feira a assinatura de um novo acordo de promoção e proteção de investimentos, no âmbito das negociações com o homólogo chinês, Xi Jinping.

Na abertura de uma reunião no Kremlin, Putin estimou em mais de 200 mil milhões de dólares (177 mil milhões de euros) o montante dos projetos de investimento tratados pela comissão intergovernamental.

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Manifestou também a convicção de que este acordo vai contribuir positivamente para a criação de uma atmosfera "mais favorável" e constituir "um importante impulso" para o desenvolvimento da cooperação económica, indicou o líder russo.

Só no porto de Vladivostoque, no Extremo Oriente russo, as empresas chinesas estão envolvidas em 63 projetos conjuntos, referiu.

Putin sublinhou que o atual intercâmbio comercial, que ascendeu a quase 245 mil milhões de dólares (217 mil milhões de euros), no ano passado, "está longe" do limite máximo para os dois países.

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Garantiu ainda que o Kremlin acolhe favoravelmente a deslocação das fábricas de automóveis do país asiático para o território russo.

"A Rússia tornou-se o primeiro importador mundial de automóveis chineses", afirmou.

Ao reconhecer que a energia é "a locomotiva das relações", Putin referiu que "no ano passado a Rússia não só liderou as exportações de petróleo para a China, como também ocupou o primeiro lugar no fornecimento de gás".

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O chefe de Estado russo anunciou também novos projetos no domínio da energia, como o lançamento, em 2027, de um gasoduto no Extremo Oriente russo que vai abastecer os consumidores chineses com 10 mil milhões de metros cúbicos de gás.

Putin sublinhou ainda que o setor agrícola russo está pronto para aumentar as exportações para o mercado chinês.

Xi, que defendeu uma ordem mundial mais justa e uma globalização inclusiva, foi recebido no Grande Palácio do Kremlin por Putin, com quem assistirá na sexta-feira à parada militar por ocasião do 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa.

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