Sócrates considera "absolutamente deslocadas" palavras da comissária europeia
No entanto, o primeiro ministro criticou a recente intervenção da comissária da Justiça e Direitos Fundamentais, que desencadeou a ira do Eliseu ao afirmar, na passada terça feira, a propósito da política de expulsões francesa que já afectou milhares de pessoas de etnia cigana, que "esta é uma situação que não esperava voltar a ver na Europa depois da II Guerra Mundial".
"Parece-me absolutamente deslocado que uma comissária se refira à situação comparando-a a qualquer situação que se viveu na II Guerra Mundial. Isso parece-me um exagero que não deve ser levado a sério", declarou hoje José Sócrates.
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Defendendo que não se devem tirar conclusões precipitadas, mas sim esperar pelos resultados do inquérito que a Comissão, no seu direito, decidiu levar a cabo para averiguar se houve violação da lei comunitária, Sócrates lembrou que o próprio presidente da Comissão, Durão Barroso, reconheceu um excesso nas palavras da comissária, e insistiu que a comparação de Reding "é uma comparação que não tem o mínimo sentido".
A questão marcou a cimeira de hoje de chefes de Estado e de Governo da UE, tendo Sócrates negado que Barroso e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, se tenham envolvido numa "troca de palavras dura", como referiram várias fontes diplomáticas, apontando que se assistiu somente de "um debate".
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