Bruxelas vê "dinâmicas de crescimento mais favoráveis" na economia portuguesa
Bruxelas encontra motivos para optimismo no desenvolvimento recente da economia portuguesa. Segundo o último relatório de avaliação pós-programa, publicado hoje, "estes desenvolvimentos económicos recentes apontam para dinâmicas de crescimento mais favoráveis, em comparação com as previsões de Primavera e com o Programa de Estabilidade do Governo".
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Num relatório elaborado apenas com informação do primeiro trimestre – no segundo trimestre a actividade continuaria forte -, a Comissão diz que o crescimento económico está agora mais diversificado, com a aceleração das exportações e do investimento, enquanto o consumo privado, apesar de ter desacelerado, mantém-se como um "importante motor do crescimento".
"O indicador de sentimento económico do Comissão continuou a melhorar em 2017, atingindo máximos de duas décadas. O mercado de trabalho travessa uma melhoria alargada, suportada por um crescimento sólido do emprego e uma taxa de actividade mais alta", pode ler-se no documento. Ainda assim, não se deve esperar que este nível de crescimento se mantenha. Bruxelas avisa que esta aceleração foi afectada por factores não repetíveis, relacionados com a actividade da Galp e da Autoeuropa, assim como uma recuperação das exportações para Angola e Brasil. Esses efeitos temporários irão ter um impacto mais atenuado em 2018 e 2019. Ao mesmo tempo, do lado dos serviços, a força do turismo e do sector dos transportes continua a puxar pelo comércio internacional.
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Ainda assim, não se deve esperar que este nível de crescimento se mantenha. Bruxelas avisa que esta aceleração foi afectada por factores não repetíveis, relacionados com a actividade da Galp e da Autoeuropa, assim como uma recuperação das exportações para Angola e Brasil. Esses efeitos temporários irão ter um impacto mais atenuado em 2018 e 2019. Ao mesmo tempo, do lado dos serviços, a força do turismo e do sector dos transportes continua a puxar pelo comércio internacional.
Os técnicos da Comissão reconhecem que os preços das casas têm crescido a um ritmo rápido, mas que, para já, "não estão a ser acompanhados por acumulação de dívida". Os riscos para o crescimento estão concentrados na banca e na exposição da economia a factores externos.
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Recorde-se que a economia portuguesa cresceu 2,8% no primeiro trimestre do ano e 3% no segundo, com as últimas estimativas para a totalidade do ano a ultrapassarem agora os 2,5%.
(Notícia actualizada às 16:07 com mais informação)
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