Endividamento da economia sobe em março

Dados do Banco de Portugal (BdP) mostram que, em março, o aumento do endividamento foi generalizado. Mas foi superior no setor privado.
Banco de Portugal
Mariline Alves / Medialivre
Susana Paula 23 de Maio de 2025 às 11:48

O endividamento da economia portuguesa aumentou 4,6 milhões de euros em março, para 825,1 mil milhões de euros, com o setor privado (famílias e empresas) a agravar a sua posição, enquanto o do que o setor público.

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A conclusão é do Banco de Portugal (BdP), que nesta sexta-feira, 23 de maio, divulgou informação sobre o endividamento do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares). 

De acordo com o banco central, dos 4,6 mil milhões de euros de agravamento da economia portuguesa, mais de metade (2,4 mil milhões) deu-se no setor privado. O endividamento das empresas cresceu mais do que o das famílias.

As empresas viram o seu endividamento aumentar 1,3%, cerca de 1,3 mil milhões de euros, refletindo aumentos perante as próprias empresas (600 milhões de euros), o exterior (500 milhões de euros) e os bancos (200 milhões de euros). 

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o endividamento dos particulares teve uma subida de 1,1 mil milhões de euros,  ou 5,1%, principalmente por via do crédito à habitação, à semelhança dos meses anteriores.

Por sua vez, descreve o BdP, o endividamento do setor público aumentou 2,1 mil milhões, que foi feito com recurso sobretudo ao exterior (mais 2,2 mil milhões de euros), através da aquisição por não residentes de títulos de dívida pública portuguesa.

As entidades públicas financiaram-se em 900 milhões de euros dentro das administrações públicas, "refletindo o aumento das responsabilidades em depósitos do Tesouro". 

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Verificou-se também um aumento do endividamento do setor público junto dos particulares (500 milhões de euros), sobretudo por via da subscrição de certificados de aforro, e junto das empresas não financeiras (100 milhões de euros), afirma o banco central.

Por outro lado, reduziu-se o endividamento do setor público perante o setor financeiro (-1,7 mil milhões de euros), principalmente pela amortização de títulos de dívida.

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Contas feitas, dos endividamento total de 825,1 mil milhões de euros, 459,8 mil milhões de euros respeitavam ao setor privado e 365,3 mil milhões de euros ao setor público.

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