Confirmada desaceleração da inflação na Zona Euro para 2,2% em março
O Eurostat confirmou esta quarta-feira que a taxa de inflação da Zona Euro abrandou, em termos homólogos, para 2,2% em março. Este foi o segundo mês consecutivo de desaceleração da inflação entre os países da moeda única. O índice relativo aos serviços, que até aqui tem vindo a "alimentar" a inflação, cedeu, tendo registado a maior desaceleração desde o verão do ano passado.
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A evolução do índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) em março ficou em linha com a estimativa rápida avançada no início deste mês e corresponde a menos uma décima face ao mês de fevereiro. Os serviços foram a componente que mais pesou na variação homóloga do IHPC, contribuindo com 1,56 pontos percentuais para os 2,2% registados. Em março, o índice relativo aos serviços passou de 3,7% para 3,5%. Após ter oscilado entre pequenas descidas e subidas nos últimos meses, este é o abrandamento mais expressivo desde setembro.
Os alimentos, álcool e tabaco foram a segunda componente que mais pesou no IHPC em março: 0,57 pontos percentuais. Mas, ao contrário do que se verificou nos serviços e nas restantes componentes do cabaz, o IHPC dos alimentos acelerou em março, passando de uma variação homóloga de 2,7% para 2,9%. A contribuir com 0,16 pontos percentuais para o IHPC, os bens industriais não energéticos mantiveram-se nos 0,6%.
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Em sentido contrário, os produtos energéticos puxaram para baixo a variação homóloga da inflação na Zona Euro. O índice relativo aos bens energéticos caiu, em termos homólogos, de 0,2% para -0,7% em março, contribuindo com -0,10 pontos percentuais para o IHPC. O regresso da energia a valores negativos significa que, em comparação com o ano passado, os preços estão mais baixos do que há um ano.
A inflação subjacente, que exclui os produtos mais sujeitos a grandes variações de preço (bens alimentares e produtos energéticos), passou de 2,6% para 2,4% em março, depois de ter estado inalterada quatro mês inalterada nos 2,7% até janeiro. Este indicador é monitorizado pelo Banco Central Europeu (BCE), que esta semana volta a pronunciar-se sobre uma eventual mexida nas taxas de juro, e permite aferir até que ponto é que a inflação "contagiou" o cabaz de produtos com preços mais estáveis, como a educação e saúde.
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Inflação da UE nos 2,5% e Portugal abaixo da média
Na União Europeia a 27, a taxa de inflação também desacelerou, tendo passado de 2,7% em fevereiro para 2,5% em março. Em comparação com fevereiro, a variação homóloga do IHPC desacelerou em 16 países, manteve-se estável num (França) e acelerou em dez (Itália, Grécia, Irlanda, Polónia, Finlândia, Bulgária, Eslovénia, Eslováquia, Lituânia e Malta).
As taxas de inflação mais baixas foram registadas em França (0.9%), Dinamarca (1,4%) e Luxemburgo (1,5%). Em sentido contrário, as taxas de inflação mais elevadas observaram-se na Roménia (5,1%), Hungria (4,8%) e Polónia (4,4%).
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No caso de Portugal, o IHPC foi de 1,9% em março, um valor que compara com 2,5% em fevereiro.
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(notícia atualizada às 10:49)
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