Portugal está na "wishlist" turística dos norte-americanos para 2026
Portugal é um país que foge aos "itinerários tradicionais" dos países da Europa. Esta é a visão dos turistas dos EUA, que continuam a escolher o território nacional para visitar no próximo ano.
Os norte-americanos continuam a olhar para Portugal com atenção, pelo menos no que respeita ao setor turístico. A Associação de Operadores Turísticos dos Estados Unidos (USTOA, sigla inglesa) voltou a divulgar a sua lista anual, onde coloca o território português na lista de desejos e intenções para uma visita no próximo ano,
No entanto, a lista para 2026 evidencia uma descida de alguns lugares. No ano passado, Portugal ficou na segunda posição dos lugares mais desejados pelo povo americano, apenas atrás de Itália, mas para 2026 caiu para o quarto lugar.
Ainda assim, os operadores garantem que os cidadãos americanos estão interessados em conhecer o país que está mais próximo do outro lado do Atlântico. "Portugal está a receber um forte impulso dos nossos operadores, devido ao seu status de destino 'em alta' e ao seu apelo que se encontra fora dos itinerários tradicionais. Oferece algo novo e diferente para aqueles que já experimentaram muitos dos clássicos da Europa", destaca o presidente e CEO da USTOA, Terry Dale, citado em comunicado.
"O turista de hoje é movido por valor e está à procura de experiências. Quer experiências enriquecedoras, mas propostas económicas e a sensação de segurança estão a moldar as suas decisões", sustenta.
O reforço que as companhias de aviação têm feito na ligação entre os Estados Unidos e Portugal, seja Lisboa, Porto, Faro ou Terceira, parecem estar a dar alguns resultados, com o país a destacar-se pela fuga ao "guia tradicional" de países europeus.
Dados recolhidos pelo Negócios junto das últimas estatísticas disponíveis mostram que os americanos foram a segunda nacional que mais procurou o território nacional, num total de 2,11 milhões de hóspedes entre janeiro e outubro. Esta foi a nacionalidade que mais visitou o país em setembro e outubro, com um total de 289,4 mil e 270,7 mil hóspedes, respetivamente.
A Grande Lisboa e a Região Autónoma dos Açores foram, de acordo com os mesmos dados, as partes dos territórios que recolheram a preferência dos turistas provenientes dos EUA, acumulando 1,03 milhões e 103,4 mil hóspedes, pela mesma ordem. Até setembro, estes turistas asseguraram 10,7% das receitas geradas pelos turistas que chegam a Portugal, o equivalente a 2,5 mil milhões de euros, um valor que ainda pode destronar os 2,8 mil milhões de receitas obtidas no conjunto de 2024 derivada dos turistas dos EUA.
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