Eurostat confirma estabilização da inflação na Zona Euro nos 2,2% em abril
O Eurostat confirmou esta segunda-feira que a inflação na Zona Euro estabilizou nos 2,2% em abril, em linha com a estimativa rápida divulgada. A estabilização da variação homóloga do índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) acontece depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter decidido avançar, na reunião de abril, com o sétimo corte de juros para controlar a inflação entre os países da moeda única.
Os serviços deram o maior contributo para a variação homóloga do IHPC (1,80 pontos percentuais). Em abril, o IHPC dos serviços aceleraram de 3,5% para 4%, em vez dos 3,9% inicialmente avançados pelo Eurostat na estimativa rápida. Esta aceleração do IHPC dos serviços põe fim a um ciclo de dois meses consecutivos de abrandamento nos preços dessa categoria, para a qual pesam sobretudo o alojamento e restauração.
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Os alimentos, álcool e tabaco foram a segunda componente do IHPC que mais pesou na variação homóloga de abril (0,57 pontos percentuais). O preço dos alimentos depois tem estado a acelerar desde o início do ano, devido sobretudo a efeitos de base, já que há um ano registou-se uma diminuição significativa nos bens alimentares. Em abril, o IHPC dos alimentos, álcool e tabaco acelerou de 2,9% para 3%.
O IHPC dos bens industriais não-energéticos contribuiu também positivamente para a variação homóloga da inflação (0,15 pontos percentuais). O índice relativo aos bens industriais não-energéticos estabilizou também em abril, mantendo-se nos 0,6%, pelo terceiro mês consecutivo.
Por outro lado, o índice relativo à energia não só se manteve em valores negativos, como terá caído ainda mais, dando um contributo negativo para a variação homóloga do IHPC (-0,35 pontos percentuais) e impedindo uma aceleração da inflação. Em abril, o IHPC da energia caiu de -1% para -3,6%, mais uma décima do que tinha sido inicialmente divulgado.
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A inflação subjacente, que exclui os produtos que estão mais sujeitos a grandes variações de preços (alimentos e energia), acelerou de 2,4% para 2,7% em abril. Este indicador é acompanhado de perto pelo BCE na definição do rumo a dar à política monetária, tendo em conta que permite perceber até que ponto é que a inflação se espalhou na economia, nomeadamente na educação e saúde que têm preços habitualmente mais estáveis.
Portugal abaixo da média do euro e da UE
Na União Europeia (UE), a taxa de inflação desacelerou uma décima para 2,4%. A variação homóloga do IHPC desacelerou em 13 Estados-membros, manteve-se estável em três e acelerou em sete. Em Portugal, o IHPC terá acelerado de 1,9% para 2,1% em abril, um valor baixo da média da Zona Euro e da UE.
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As variações homólogas mais baixas do IHPC foram registadas em França (0.9%), Chipre (1,4%) e Dinamarca (1,5%). Em sentido contrário, as taxas de inflação mais elevadas foram observadas na Roménia (4,9%), Estónia (4,4%) e Hungria (4,2%).
(notícia atualizada)
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