Famílias voltam a poupar mais. Taxa de poupança sobe para 6,6% no 3.º trimestre

O rendimento disponível aumentou mais do que o consumo o que levou a uma subida da taxa de poupança face ao segundo trimestre do ano.
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João Cortesão
Paulo Ribeiro Pinto 22 de Dezembro de 2023 às 11:27

As famílias portuguesas voltaram a conseguir aumentar a taxa de poupança no terceiro trimestre deste ano, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

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"A taxa de poupança atingiu os 6,6%, o que representa um aumento de 0,8 pontos percentuais relativamente ao trimestre anterior", refere a nota do INE sobre as contas nacionais por setor institucional. "Este resultado foi consequência do aumento de 1,9% do rendimento disponível bruto (2,0% no trimestre anterior), superior ao crescimento de 1,1% do consumo privado", detalha a autoridade estatística nacional.

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O INE adverte, no entanto, para o facto de "as variáveis aqui apresentadas são expressas em termos nominais, o que, no caso do consumo privado, significa que a sua evolução é marcada pelo comportamento dos preços", que mantiveram um valor elevado, face ao histórico mais recente.

A capacidade de financiamento das Famílias aumentou para 1,1% do PIB no 3º trimestre de 2023 (mais 0,5 p.p. face ao trimestre anterior), como resultado do aumento de 14,9% da poupança (9,7% no trimestre anterior).

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Tendo em conta a inflação, o consumo das famílias registou, em termos reais, uma "variação nula no ano acabado no 3.º trimestre de 2023". "O RDB nominal per capita das famílias atingiu os 17mil euros nos três meses do verão, o que representou um aumento de 1,8%, relativamente ao trimestre anterior. As remunerações per capita atingiram 11,9 mil euros, mais 2,3% que no trimestre anterior", refere o INE.

O RDB ajustado per capita (o valor dos bens e serviços adquiridos ou produzidos pelas AP ou ISFLSF e que se destinam ao consumo das famílias, como sejam, por exemplo, comparticipações na aquisição de medicamentos) "em termos reais, o qual utiliza o índice de preços implícito no consumo final como deflator e constitui um indicador mais adequado num contexto de inflação elevada aumentou 0,7% no 3.º trimestre de 2023, após um crescimento de 0,6% no trimestre anterior", assinala o INE. Por outro lado, "o consumo final real per capita diminuiu 0,1% no 3.º trimestre de 2023 (aumento de 0,3% no trimestre anterior)."

(Notícia em atualização)

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