Indústria abranda e comércio acelera no segundo trimestre

Dados do INE mostram que no segundo trimestre os dois sectores de actividade tiveram evoluções opostas.
Marta Moitinho Oliveira 28 de Julho de 2017 às 11:33

O índice de produção industrial aumentou 0,6% no segundo trimestre em termos homólogos, o que compara com a taxa registada nos primeiros três meses do ano, quando a produção industrial subiu 3,1%, revelam dados publicados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). 

PUB

No sector do comércio a retalho, a evolução foi diferente, já que o indicador que mede as vendas apresentou uma aceleração. O Índice de Volume de Negócios no Comércio a Retalho subiu cresceu 5% no segundo trimestre, depois de entre Janeiro e Março ter aumentado 3%, mostram também os dados publicados pelo instituto de estatísticas.

O INE explica que "todos os grandes agrupamento industriais apresentaram taxas de variação positivas, embora inferiores às observadas no trimestre precedente. O agrupamento de energia teve a variação trimestral mais intensa (1,4%), ainda assim inferior em 7,5 p.p. à observada no trimestre anterior".

PUB

Na indústria os dados ajustados de sazonalidade e de efeitos de calendário indicam que entre Maio e Junho a taxa de variação homóloga apresentou também um abrandamento (passando de 2,4% para 0,6%). Assim, a taxa de variação acumulada nos últimos 12 meses estagnou em 1,5%.

No comércio a retalho, e apesar da aceleração do volume de negócios face ao primeiro trimestre, observa-se um ligeiro abrandamento na taxa de variação homóloga entre Maio e Junho (de 5,3% para 5,2%) nas vendas deflaccionadas. Ainda assim, esta tendência foi insuficiente para inverter a recuperação da taxa de variação média nos últimos 12 meses, que acelerou de 3,5% para 3,7%.

Neste sector, o emprego e as remunerações abrandaram e as horas trabalhadas aceleraram. A taxa de variação homóloga recuou de 3,5% para 3,4%, entre Maio e Junho. A taxa de variação homóloga desceu de 8% para 5,5% nos mesmos meses. Mas as horas trabalhadas (ajustadas dos efeitos de calendário) aceleraram de 0,8% para 2,2%.

PUB
Pub
Pub
Pub