INE confirma terceira subida consecutiva da inflação. Em junho foi de 2,4%
A taxa de inflação acelerou ligeiramente em junho para 2,4%, confirmou esta quinta-feira, 10 de junho o Instituto Nacional de Estatística (INE) já tendo em conta dados definitivos. Foi o terceiro mês consecutivo de aceleração dos preços de venda ao consumidor, com os alimentos a puxarem novamente pela inflação.
"A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 2,4% em junho, taxa superior em 0,1 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior", indica o INE, acrescentando que os maiores contributos positivos para a variação homóloga do IPC chegaram pela parte dos bens alimentares e bebidas não alcoólicas e dos restaurantes e hotéis. Pelo contrário, a contribuição negativa mais relevante foi a do vestuário e calçado, que poderá estar associada ao início da época de promoções e saldos.
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A inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos (por estarem mais sujeitos a grandes variações de preços) também acelerou para 2,4%, um valor coincidente com o do índice global. Esse valor compara com 2,2% observados no mês anterior. Este aumento da variação da inflação subjacente significa que a inflação está a alastrar-se aos setores mais estáveis da economia, como é o caso da saúde ou educação.
A variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos regressou a valores negativos em junho, tendo diminuído de 0,1% para -1,3%. Por outro lado, o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá voltado a acelerar de 4% para 4,7%, sendo esta uma das componentes do IPC que está a contribuir para a aceleração da inflação.
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A variação média dos últimos doze meses foi 2,3% (valor idêntico no mês anterior). O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), indicador que serve para comparações internacionais, apresentou uma variação homóloga de 2,1% (1,7% no mês anterior) e "superior em 0,1 p.p. ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro (em maio, a taxa em Portugal tinha sido inferior à da área do Euro em 0,2 p.p.)".
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