Merkel: "Vale a pena todos os esforços" para evitar uma guerra comercial

A chanceler afirmou esta quarta-feira no Parlamento alemão que devem ser feitos "todos os esforços" para evitar uma guerra comercial generalizada.
Angela Merkel, G7
Lusa
Negócios com Bloomberg 04 de Julho de 2018 às 11:10

Angela Merkel assegurou esta quarta-feira na câmara baixa do Parlamento alemão que a União Europeia fará "todos os esforços" possíveis para que o actual conflito com os Estados Unidos não se materialize numa guerra comercial. A principal preocupação da chanceler reside nas tarifas aos carros europeus que são "muito mais sérias" do que as tarifas aplicadas ao aço e alumínio.

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Há duas semanas, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou a UE com tarifas de 20% sobre as importações de carros europeus. A ameaça chegou depois de a Comissão Europeia ter ripostado as tarifas norte-americanas ao aço e alumínio. No caso dos automóveis, essa ameaça é vista com maior preocupação, principalmente por parte do sector automóvel alemão que tem um peso significativo. 

O argumento de Trump é que, no sector automóvel, as tarifas europeias de 10% contrastam com as tarifas norte-americanas de 2,5%. A UE contrapõe que essa argumentação ignora as tarifas mais elevadas dos EUA noutros produtos, nomeadamente nas carrinhas pick-up.

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Esta quarta-feira o Financial Times dá conta de que Bruxelas está a equacionar um acordo com vários países para diminuir as taxas alfandegárias à importação de carros para evitar mais tarifas por parte de Trump. Contudo, essa estratégia deverá encontrar muitas barreiras tanto dentro da UE como nos EUA. 

No Parlamento alemão, a chanceler deixou uma mensagem de confiança. "Vale a pena fazer todos os esforços para tentar desarmar o conflito de forma a que não se torne numa guerra real, mas claro que existem dois lados nisto", afirmou Merkel perante os deputados alemães, referindo que a ida do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, a Washington representa um desses esforços. 

Apesar de ter dito que não queria ir muito longe nas suas palavras, a chanceler alemã argumentou que não faz sentido contabilizar a balança comercial tendo apenas em conta os bens. Contabilizando também os serviços, segundo Merkel, os EUA têm um excedente comercial perante a Europa. 

No seu discurso, Merkel recuperou o exemplo da crise para mostrar a importância da unidade entre as principais economias do mundo. Para a chanceler a crise financeira internacional não teria sido resolvido "tão rapidamente, apesar da dor", caso não houvesse cooperação ao nível do G-20 num "espírito de camaradagem". 

Além da questão comercial, os Estados Unidos continuam a pedir aos Estados-membros da NATO para aumentar a despesa em defesa. Neste discurso Angela Merkel relembrou o compromisso de aumentar os gastos para 1,5% do PIB em defesa até 2025.

No Parlamento alemão, a chanceler deixou uma mensagem de confiança. "Vale a pena fazer todos os esforços para tentar desarmar o conflito de forma a que não se torne numa guerra real, mas claro que existem dois lados nisto", afirmou Merkel perante os deputados alemães, referindo que a ida do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, a Washington representa um desses esforços. 

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Apesar de ter dito que não queria ir muito longe nas suas palavras, a chanceler alemã argumentou que não faz sentido contabilizar a balança comercial tendo apenas em conta os bens. Contabilizando também os serviços, segundo Merkel, os EUA têm um excedente comercial perante a Europa. 

No seu discurso, Merkel recuperou o exemplo da crise para mostrar a importância da unidade entre as principais economias do mundo. Para a chanceler a crise financeira internacional não teria sido resolvido "tão rapidamente, apesar da dor", caso não houvesse cooperação ao nível do G-20 num "espírito de camaradagem". 

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Além da questão comercial, os Estados Unidos continuam a pedir aos Estados-membros da NATO para aumentar a despesa em defesa. Neste discurso Angela Merkel relembrou o compromisso de aumentar os gastos para 1,5% do PIB em defesa até 2025.

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