Passos Coelho reafirma défice de 2,7% para este ano

O défice previsto pelo primeiro-ministro fica abaixo da meta de 3,2% do FMI. Passos Coelho inicia esta quinta-feira uma visita de três dias ao Japão.
passos coelho
Miguel Baltazar
Lusa 25 de Março de 2015 às 10:55

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, reafirmou hoje que Portugal prevê um défice de 2,7%, como consta do Orçamento do Estado, abaixo dos 3,2 previstos pelo FMI.

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Numa entrevista, por escrito, à revista económica japonesa Nikkei, Pedro Passos Coelho, explicou que, para 2015, Portugal prevê um défice orçamental de 2,7% do produto Interno Bruto (PIB), através das reformas fiscais e estruturais executadas, com o país a ganhar a confiança dos seus parceiros europeus e investidores.

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Há cerca de uma semana, os técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) previram que o défice orçamental de Portugal seria de 3,2% do PIB em 2015, o que representa uma melhoria face à previsão apresentada em novembro pelo Fundo, mas que continua acima da meta do Governo, que nesta entrevista de Passos Coleho foi reafirmada.

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Pedro Passos Coelho, que inicia na quinta-feira uma visita oficial ao Japão, vincou que Portugal já pagou este mês 6,6 mil milhões de euros ao FMI (22% do total da quantia emprestada), prevendo que metade da dívida seja totalmente paga nos próximos dois anos.

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Estes pagamentos "não só fazem sentido financeiramente, como também são um bom sinal que a credibilidade de Portugal está em recuperação", argumentou.

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Pedro Passos Coelho inicia na quinta-feira uma visita de três dias ao Japão, recebendo da Universidade de Estudos Estrangeiros de Quioto um doutoramento 'honoris causa' "pelo apoio dado por Portugal à CPLP".

 

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Na entrevista ao económico japonês, o primeiro-ministro afastou que possam ocorrer em Portugal as turbulências originadas pelos movimentos anti-austeridade que surgiram na Grécia e em outros Estados da Europa, lembrando que a cultura e a tradição, a economia e as políticas públicas são diferentes de país para país.

 

"E o povo português sabe melhor do que ninguém a diferença entre uma situação e a outra", declarou o primeiro-ministro.

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Na sua visita ao Japão, o primeiro-ministro vai procurar cooperação empresarial no setor da energia e em outras áreas.

 

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Esta é a primeira visita de um chefe de Governo português ao Japão nos últimos 25 anos, na sequência de um convite feito em Lisboa no ano passado pelo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, na primeira ocasião em que um líder de executivo nipónico se deslocou a Portugal.

 

Acompanham o primeiro-ministro na viagem o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, o ministro da Economia, António Pires de Lima, o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, e o secretário de Estado da Energia, Artur Trindade.

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