PIB italiano no primeiro trimestre revisto em alta para melhor variação desde 2010
O instituto de estatística de Itália (Istat) reviu em alta a expansão económica registada pelo país entre Janeiro e Março deste ano. Na mais recente leitura ao PIB transalpino, revelada esta quinta-feira, 1 de Junho, o Istat refere que a economia italiana cresceu 0,4% no primeiro trimestre comparando com os três meses anteriores, e 1,2% comparativamente com igual período do ano passado.
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O crescimento homólogo de 1,2% é mesmo a variação mais alta do PIB italiano desde o quarto trimestre de 2010, o que parece mostrar algumas melhorias no ambiente económico de um país cuja economia permanece praticamente estagnada desde a adesão à moeda única.
A revisão agora feita compara com uma primeira estimativa do Istat em que a economia teria crescido 0,2% em termos trimestrais e 0,8% em termos homólogos. O Istat refere que os primeiros três meses de 2017 tiveram mais dois dias úteis de trabalho do que o trimestre anterior e do que os primeiros três meses do ano passado.
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No período em consideração, refere o La Repubblica, os principais indicadores agregados da procura interna registaram um crescimento de 0,5%, enquanto o investimento fixo bruto recuou 0,8%. Tanto as importações (+1,6%) como as exportações (+0,7%) cresceram.
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A variação do PIB italiano compara com os crescimentos homólogos alcançados no primeiro trimestre de 0,6% da Alemanha, de 0,4% da França e de 0,2% do Reino Unido.
No entender do instituto de estatísticas, esta revisão em alta significa que a previsão de crescimento de 1,1% definida pelo governo de Paolo Gentiloni para 2017 pode não só ser alcançada como superada. "Revistas em alta as estimativas para 2017. A Itália cresce mais do que o previsto e o esforço continua", escreveu esta manhã Gentiloni na sua conta na rede social Twitter.
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#Istat Riviste al rialzo le stime per il 2017. L'Italia cresce più del previsto e l'impegno continua
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Já o ex-primeiro-ministro e seu correligionário no PD, Matteo Renzi, defendeu no Facebook que estes resultados são "fruto dos anos de trabalho sério e rigoroso que tivemos às costas". Numa altura em que se ultimam conversações com vista à delineação de uma nova lei eleitoral, o recém-eleito secretário-geral do PD, que defende a realização de eleições antecipadas já no Outono, mostra estar já em campanha eleitoral.
"Mas eu não estou satisfeito porque não chega. O único caminho é seguir em frente, continuar a reduzir impostos, simplificando o sistema [fiscal] e encorajando os verdadeiros empreendedores", acrescenta Renzi.
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Entretanto, o ministro italiano das Finanças, Pier Carlo Padoan, endereçou uma carta ao vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, e ao comissário europeu responsável pelos assuntos financeiros, Pierre Moscovici, em que se compromete a atingir um saldo estrutural (exclui efeitos decorrentes da conjuntura e de medidas extraordinárias) de 0,3% em 2018.
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Na resposta às recomendações feitas na semana passada pela Comissão a Roma, Padoan sustenta que tal objectivo permitirá ao país prosseguir a política económica conduzida entre 2014 e 2017 e que permitiu neste período reduzir continuadamente o défice em relação ao PIB a uma taxa de 0,3% ao ano.
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