Portugal entre os países da OCDE com maior crescimento no arranque do ano
Portugal foi o segundo país da OCDE que registou o maior crescimento no primeiro trimestre deste ano, face aos últimos três meses do ano passado, com uma variação de 1,6%. Os dados divulgados esta terça-feira mostram que apenas a Polónia teve uma variação em cadeia mais robusta, de 3,9%.
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O país já aparecia entre os que tinham apresentado um dos crescimentos mais expressivos na Zona Euro e na União Europeia. Agora acontece o mesmo com os Estados-membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE) para os quais existem dados disponíveis para os primeiros três meses do ano.
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Em termos homólogos, o país também teve um dos melhores desempenhos entre os países da OCDE, aparecendo na sétima posição, com um crescimento de 2,5%.
No conjunto da organização sediada em Paris, o produto interno bruto (PIB) aumentou apenas 0,4% em cadeia no primeiro trimestre de 2023, "ligeiramente acima do crescimento de 0,2% no trimestre anterior, de acordo com estimativas provisórias", indica a organização, acrescentando que "as taxas de crescimento trimestrais da OCDE têm sido fracas desde o primeiro trimestre de 2022."
No grupo dos países mais ricos – o G7 –, o "crescimento do PIB permaneceu em 0,3% no 1.º trimestre de 2023", tendo recuperado "no Canadá, Japão e França (para 0,6%, 0,4% e 0,2%, respetivamente). A organização indica que "o crescimento também acelerou na Itália, para 0,5% após uma contração de 0,1% no 4.º trimestre de 2022 e estabilizaram na Alemanha após uma contração de 0,5%. No entanto, o crescimento do PIB abrandou nos Estados Unidos (para 0,3%, em comparação com 0,6%) e manteve-se inalterado no Reino Unido, em 0,1%".
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Dos países com dados publicados, a OCDE aponta alguns dos maiores contributos que impulsionaram as variações do PIB. No Japão, por exemplo, o crescimento do PIB no 1.º trimestre de 2023 teve por base o um aumento de 0,7% na procura interna, mas "uma nova queda nas exportações líquidas pesou sobre o crescimento", refere a organização.
Já em França, as "exportações líquidas foram o principal motor do crescimento, refletindo um aumento de 1,1% nas exportações e uma queda de 0,6% nas importações. Nos Estados Unidos, o crescimento mais lento do PIB refletiu a diminuição dos stocks, apesar de uma aceleração do crescimento do consumo privado (para 0,9% no 1º trimestre de 2023, em comparação com 0,3% no trimestre anterior)".
No Reino Unido, "a diminuição das despesas públicas e o aumento do défice comercial atenuaram o crescimento. Em Itália, "o crescimento do PIB foi suportado pelos contributos da procura interna e das exportações líquidas, enquanto na Alemanha o investimento e as exportações aumentaram, enquanto o consumo privado e a despesa pública diminuíram."
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