Portugal mantém excedente externo no primeiro semestre
A balança corrente e de capital portuguesa – que mede os fluxos de pagamentos feitos entre Portugal e o exterior – voltou a ser positiva entre Janeiro e Junho de 2015, atingindo os 214 milhões de euros, cerca de 0,2% do produto interno bruto (PIB). Um valor muito semelhante ao do mesmo período de 2014, mas com uma ligeira desaceleração. Em 2014, o excedente foi 214 milhões de euros (0,3% do PIB).
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Os dados foram publicados hoje, 20 de Agosto, no Boletim Estatístico do Banco de Portugal. O saldo positivo da balança de pagamentos é justificado essencialmente pela balança de serviços que reforça o seu excedente para os 4.950 milhões de euros (5,7% do PIB). Esse é o maior componente positivo da balança corrente que, contudo, continua a ser negativa (-1% do PIB), devido ao peso do défice da balança de bens (-4,9% do PIB).
Ainda dentro da balança corrente, o saldo das remessas de emigrantes e imigrantes acelerou ligeiramente face ao ano anterior, de 1.174 milhões de euros para 1.298 milhões de euros (1,5%). No que diz respeito à balança de capital, registou um excedente inferior ao primeiro semestre de 2014, com 1.065 milhões de euros (1,2% do PIB).
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Já a balança financeira passou de um défice de 78 milhões no ano passado para um saldo positivo de 626 milhões este ano, graças essencialmente a investimentos de carteira.
A confirmar-se este resultado para a totalidade de 2015, será o quarto ano consecutivo em que Portugal terá um excedente externo. Em 2012, a balança corrente e de capital registou um saldo positivo de 133,6 milhões de euros. Em 2013, esse excedente acelerou para 5.173 milhões, recuando para 3.514 milhões em 2014. Embora esteja longe dos resultado dos últimos anos, o saldo de 2015 é também, para já, positivo.
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