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BPI mantém previsão de crescimento de 1% do PIB apesar da queda no 1º trimestre

Banco espera uma normalização da actividade exportadora nos próximos meses, que permitirá um crescimento do PIB de 1% este ano.

exportações portos
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16 de Maio de 2014 às 09:52

O BPI manteve, esta sexta-feira, 16 de Maio, as suas estimativas para o crescimento do PIB português. Apesar de, ontem, os dados do Instituto Nacional de Estatística, terem revelado que o PIB voltou a registar uma contracção em cadeia no primeiro trimestre deste ano, o banco confirma a sua previsão que a economia vai crescer 1% em 2014.

Depois de três trimestres consecutivos de crescimento, o PIB contraiu 0,7% nos primeiros três meses do ano, devido ao comportamento das exportações de bens e serviços, nomeadamente de combustível. O número surpreendeu os analistas, que não contavam com um impacto tão significativo do encerramento da refinaria de Sines.

Numa nota assinada pela economista-chefe, Paula Carvalho, o BPI, adianta que "a queda trimestral deverá ter sido provocada sobretudo pela queda das exportações de combustível e de automóveis (que se deve, provavelmente, ao ciclo de produção da Autoeuropa, Peugeot PSA – as duas principais fabricantes – e à Galp, que registou um ‘shutdown’ de dois meses)". No entanto, acrescenta, "deverá ser um efeito isolado que será revertido no futuro".

"A economia portuguesa está numa fase de transição para um modelo impulsionado não só pelas exportações mas também pela recuperação do investimento e pela desejável estabilização do consumo privado", lê-se na nota emitida pelo banco.

Apesar de manter as suas previsões de crescimento para a economia nacional, o banco reconhece que a queda do PIB no primeiro trimestre "salienta os desafios significativos da economia, numa altura em que ainda necessita de ganhar resiliência" até porque "a procura interna ainda enfrenta constrangimentos evidentes".

Contudo, para os próximos meses, as previsões são mais optimistas. "Nos próximos trimestres, esperamos o regresso ao crescimento trimestral do PIB com a normalização da actividade exportadora (nomeadamente do combustível). Além disso, antecipamos uma melhoria gradual do investimento", antecipa a economista-chefe.

Neste sentido, o banco confirma as suas previsões anteriores e garante que "estamos confortáveis com a nossa previsão de crescimento anual de 1% do PIB, em 2014". Ainda assim, considera "demasiado optimistas" as previsões oficiais que apontam para um crescimento continuado de mais de 5% das exportações.

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