Endividamento da economia marca novo recorde nos 762,5 mil milhões
O endividamento do conjunto da economia, sem contar com o setor financeiro, voltou a subir em junho. A taxa de endividamento anual das famílias está a acelerar, mas a das empresas privadas abranda desde março.
O endividamento do conjunto da economia portuguesa, sem contar com o setor financeiro, registou em junho um novo recorde: 762,5 mil milhões de euros, mostram os dados publicados esta quinta-feira, 19 de agosto, pelo Banco de Portugal. Os três subsetores – público, empresas privadas e famílias – aumentaram o seu nível de endividamento, tanto em termos mensais, como face ao final de 2020.
Conforme explica o Banco de Portugal, face a dezembro do ano passado o endividamento aumentou 14,1 mil milhões de euros. Esta subida ficou a dever-se a um acréscimo de 8,1 mil milhões de euros no endividamento do setor público, e a um aumento de seis mil milhões de euros no setor privado. No final do primeiro semestre deste ano, o setor público já acumulava dívidas de 350,5 mil milhões de euros e o privado de 412 mil milhões.
Em termos mensais, de maio para junho deste ano, o endividamento total da economia engordou cerca de cinco mil milhões de euros. Tanto o setor público como as empresas obtiveram a maior fatia do endividamento adicional junto do setor financeiro, mas também recorreram ao exterior para se financiarem. Já as famílias recorreram apenas à banca.
Ainda assim, e apesar do acréscimo verificado em todos os subsetores, os últimos meses mostram tendências diferentes entre as empresas privadas e as famílias. Enquanto a taxa de endividamento anual das famílias acelera desde março, tendo atingido 2,65% em junho, a das empresas abrandou pelo terceiro mês consecutivo, situando-se em 1,58%. (Notícia atualizada às 11h39)
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