Quase 5,2 milhões de pessoas com subsídio de desemprego em Espanha
A meio da crise do novo coronavírus, Espanha conta com 3,8 milhões de desempregados (mais 283 mil só em abril) e 5,2 milhões de pessoas a receber subsídios de desemprego, incluindo as que estão em lay-off. São números e subidas recorde para o país.
O desemprego em Espanha registou um aumento histórico em abril, a meio da crise do novo coronavírus, excedendo agora os 3,8 milhões de pessoas, e os beneficiários de subsídios de desemprego superaram os 5,2 milhões - onde estão incluídos os que beneficiam de 'lay-off'.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 5 de maio, pelo Ministério do Trabalho e Economia Social de Espanha. Só em abril, o número de desempregados registados nos centros de emprego espanhóis soma mais 282.891 pessoas, a maior subida num mês de abril de toda a série histórica, segundo o jornal espanhol Expansión.
Desta forma, o total de pessoas à procura de emprego cifrou-se em 3.831.203 pessoas em abril, o número mais alto desde maio de 2016 e um aumento de 8% face ao mês de março.
Embora a subida do desemprego em abril seja inferior à que se registou em março, quando mais 302 mil pessoas foram atingidas pelo desemprego (a maior subida mensal de toda a série histórica), o aumento em abril deste ano é o mais alto registado neste mês. Ao contrário do que era habitual antes da pandemia da covid-19, em que os meses de março e abril eram bastante positivos para o emprego em Espanha, escrevem os jornais espanhóis.
Os números do desemprego de abril não incluem os trabalhadores em regime de 'lay-off' (com as funções suspensas ou com redução de horário de trabalho), já que a definição de desemprego não os contabiliza.
Para isso, é necessário olhar para as pessoas que recebem subsídio de desemprego. Segundo o Ministério do Trabalho espanhol, que também divulgou esses números, foram 5.197.451 os beneficiários de subsídios de desemprego, o que traduz um incremento homólogo de 136,56% e pressupõe um recorde histórico das prestações (que chegaram aos beneficiários em abril).
Isto pressupõe, explica o ministério espanhol, uma subida de três milhões de prestações num único mês e eleva a despesa para um gasto total de 4.512 milhões de euros.
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