BioNTech e Pfizer acreditam que vacina é eficaz contra a nova estirpe da covid-19

A BioNTech acredita que a sua vacina é eficaz contra a nova mutação da covid-19 e garante que, se não for, são capazes de entregar uma nova vacina em apenas seis semanas.
Tang Ming Tung
Negócios 22 de Dezembro de 2020 às 10:51

BioNTech e Pfizer estão confiantes de que a sua vacina contra a covid-19, a primeira a ser autorizada a nível mundial, é eficaz contra a nova mutação do vírus descoberta no Reino Unido. No entanto, garantem que, se não for, são capazes de fabricar uma nova em apenas "seis semanas", segundo a BioNTech.

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Ugur Sahin, CEO da farmacêutica alemã BioNTech, considera que a probabilidade de a vacina ser eficaz contra a nova mutação da covid-19 é "relativamente alta".

"Somos tecnicamente capazes de entregar uma nova vacina em seis semanas", disse o cientista e empresário Ugur Sahin, do laboratório alemão BioNTech.

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"Em princípio, a beleza da tecnologia de RNA mensageiro é que podemos começar diretamente a projetar uma vacina que imite completamente a nova mutação", acrescentou o responsável, durante uma conferência de imprensa em Mainz (oeste de Alemanha), um dia depois do sinal verde das autoridades europeias para distribuir na União Europeia a vacina que o laboratório alemão desenvolveu com a Pfizer.

Depois de a campanha de vacinação no Reino Unido ter acalmado os ânimos a nível mundial, com o surgimento de uma nova variante da covid-19 voltaram as preocupações. Estão agora mais alerta os países da União Europeia, onde a pandemia parece não dar tréguas.

Devido às incertezas criadas por esta nova mutação do vírus, a maioria dos países da UE cancelaram ou restringiram os voos provenientes do Reino Unido. Portugal não foi exceção, sendo que a partir da meia noite desta terça-feira (dia 22 de dezembro) as ligações aéreas com o Reino Unido estão limitadas.

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O receio atingiu igualmente, no dia de ontem, os mercados a nível mundial, que sofreram quedas marcantes.

Não obstante, apesar de a nova variante da covid-19 já ter sido detetada fora do Reino Unido – em Gibraltar, Dinamarca e Austrália – cresce a esperança de que um antídoto não demore a chegar. "Não sabemos neste momento se a nossa vacina pode proteger a população contra esta nova mutação da covid-19", admitiu Sahin em declarações recolhidas pela Bloomberg. Contudo, demonstrou "confiança científica" de que assim será, uma vez que "99% das proteínas da nova linhagem são iguais às da original".

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