Covid-19: Portugal é o oitavo país da Europa em que familias mais foram afetadas
Os rendimentos das famílias portuguesas foram dos mais afetados na Europa pela covid-19, segundo um inquérito divulgado nesta sexta-feira pela Intrum, prestadora de serviços de gestão de crédito.
De acordo com o estudo intitulado "European Consumer Payment Report", que revela o impacto financeiro da pandemia covid-19 nos consumidores e nas suas finanças pessoais em 24 países da Europa, Portugal surge como oitavo país em que as finanças familiares mais foram afetadas.
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De todas as famílias portuguesas inquiridas, 46% disseram que as suas dívidas estão a aumentar a um ritmo que os rendimentos familiares não conseguem acompanhar, uma percentagem acima da média europeia que se situa nos 42%.
A liderar a tabela das famílias que se dizem mais afetadas pelo novo coronavírus está França, com 62% dos inquiridos a mostrar preocupação com o acumular de dívidas. No lado oposto, numa situação financeira menos preocupante, estão as famílias do Norte da Europa com a Dinamarca a ser o país europeu em que as famílias mostram um menor aperto financeiro.
"Apesar de a situação financeira ser preocupante no geral, a maior inquietação reside nas famílias com crianças e onde as despesas aumentaram bastante face aos rendimentos dos pais", começa por dizer Luís Salvaterra, diretor-geral da Intrum Portugal, em comunicado.
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Acrescenta que "estamos a falar de famílias que viram o seu rendimento diminuir, ou porque um dos progenitores se viu obrigado a requerer o subsídio de assistência à família, ficou desempregado ou em regime de lay-off".
Para além desta preocupação crescente com as dívidas, 56% das famílias portuguesas inquiridas reconhecem que o seu bem-estar financeiro diminuiu, comparativamente com a sua situação financeira há seis meses – um número muito acima da média europeia que se situa nos 48%.
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E apenas 28% dos portugueses inquiridos mostram otimismo numa recuperação célere. Ainda assim, esta percentagem mostra que os portugueses estão mais confiantes numa recuperação do que a média dos países europeus (23%).
O inquérito mostra ainda que um terço dos portugueses diz que a pandemia está a ter um impacto positivo nos gastos, uma vez que tem resultado em níveis superiores de poupança, graças à redução das despesas, nomeadamente em deslocações e refeições fora de casa.
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