Fenprof vai acusar Ministério da Educação se houver mortes no regresso às aulas
A Fenprof transmitiu esta sexta-feira que irá formalmente acusar o Ministério da Educação como "responsável moral e eventualmente material" se forem registadas mortes de alunos, professores ou funcionários por Covid-19 no regresso às aulas presenciais, considerando que a pandemia se deverá agravar em outubro que existe uma "completa falta de medidas que sejam adequadas".
Mário Nogueira, o secretário-geral da Federação Nacional Dos Professores, aponta num vídeo de 14 minutos, publicado pelo sindicato, que caso sejam registadas "situações de doença, contágio e que possam pôr em causa a própria vida, a Fenprof acusará como responsável moral, e eventualmente até material, o Ministério da Educação com a cumplicadade da Direção-Geral da Saúde".
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A Fenprof considera que a situação da Covid-19 em Portugal irá agravar-se em outubro, como já transmitiram especialistas à própria DGS, e que existe neste momento uma "completa falta de medidas que sejam adequadas" para o arranque do próximo ano letivo, que tem data marcada para a semana entre 14 e 17 de setembro e prevê medidas de distanciamento social, uso obrigatório de máscara e higienização frequente de espaços.
No início de julho, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, anunciou medidas que estarão em vigor no próximo ano letivo e que, apesar do ensino acontecer presencialmente, os regimes misto e não-presencial poderão ser aplicados em situações de contingência.
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Na resolução aprovada pelo Conselho de Ministros, o Governo prevê três cenários de funcionamento das atividades letivas, mediante a evolução da situação epidemiológica: ensino presencial, ensino misto e ensino a distância.
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