Portugal deve receber metade das vacinas previstas no primeiro trimestre
Os atrasos nas entregas das vacinas contra a Covid-19 devem-se em exclusivo às farmaceuticas. É esta a mensagem deixada esta tarde pelo primeiro-ministro que confirma as informações adiantadas há dois dias, na reunião do INFARMED, pelo líder da task-force para a vacinação, o Almirante Gouveia e Melo. Portugal deve receber metade das vacinas previstas durante o primeiro trimestre.
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Deveriam estar imunizadas cerca de 2 milhões de pessoas até ao final do trimestre, mas em vez dos 4,4 milhões de doses previstas, Portugal deve receber apenas 1.980 mil doses, o que permite apenas vacinar metade do esperado. António Costa não deixa margem para dúvidas: "O problema não é de distribuição nem de falta de recursos para administrar a vacina. Está a montante, é a produção".
Face ao ritmo lento do processo de vacinação, o primeiro ministro aproveitou a conferência de imprensa para fazer um apelo aos autarcas: "se têm estado a mobilizar novos locais de vacinação, reservem essa energia para os trimestres seguintes".
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Para o Governo, o atraso no processo de vacinação constitui um risco para a população, mas não é o único. As variantes da Covid-19 têm vindo a multiplicar-se pelo mundo fora e "ninguém pode garantir que não surjam novas variantes".
A estirpe britânica é já responsável por 43% dos novos casos em Portugal e as mutações no vírus, como é o caso de uma das presentes na variante sul-africana, podem dificultar a imunização através da vacina.
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Em Portugal, estas estirpes são responsáveis ainda por casos isolados e os especialistas acreditam que não constituem, para já, uma preocupação. Mas Portugal deve manter-se alerta.
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