Estados Unidos querem começar a reduzir já pessoal nas Lajes

O embaixador dos EUA foi chamado ao Palácio das Necessidades porque o comandante americano nas Lajes mostrou “intenção de dar início ao processo de redução de postos de trabalho”. Mas não foi isso que ficou combinado, responde o Governo português.
Lajes Açores
José António Rodrigues/Correio da Manhã
Bruno Simões 16 de Abril de 2015 às 13:45

Os Estados Unidos querem começar a reduzir já o pessoal na base das Lajes. Essa intenção foi comunicada a todos os trabalhadores portugueses do complexo, que receberam também um inquérito para aferir a disponibilidade em cessar contrato por mútuo acordo. O Ministério dos Negócios Estrangeiros explica, em comunicado, que chamou o embaixador dos EUA, Robert Sherman, esta terça-feira, para lhe dizer que a cessação de contratos não deve ser feita enquanto não tiver lugar a reunião da comissão bilateral em Washington.

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De acordo com o comunicado enviado pelo Palácio das Necessidades, Robert Sherman foi chamado pelo Governo português "na sequência da notificação feita pelo Comandante norte-americano ao Comando da Zona Aérea dos Açores e à Comissão Representativa dos Trabalhadores da Base das Lajes sobre a intenção de dar início ao processo de redução de postos de trabalho".

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Esta notificação "foi precedida de um inquérito geral a todos os trabalhadores sobre um eventual interesse na cessação de contratos por mútuo acordo". Esse inquérito foi conduzido em Março e um sindicato local disse tratar-se de uma "possível ilegalidade".

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Recorde-se que os Estados Unidos querem reduzir em dois terços a sua presença militar na Base Aérea número 4, vulgarmente designada de Base das Lajes, na ilha Terceira, Açores. O objectivo é reduzir em dois terços a presença de elementos (civis e militares) norte-americanos – de 650 para 165, e diminuir, igualmente em dois terços, os funcionários portugueses, de 800 para 300. A ideia é concluir o processo até Setembro.

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Ora, de acordo com o Ministério liderado por Rui Machete, o processo "não deverá prosseguir em termos efectivos até à reunião extraordinária da Comissão Bilateral Permanente que se realizará em Washington". Esta nova reunião foi acertada na última reunião da comissão bilateral, em Lisboa, a 11 de Fevereiro. Porém, a data do novo encontro não foi divulgada – foi apenas dito que iria ocorrer "em breve".

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"Foi igualmente reiterado que ambas as partes deverão assegurar um cumprimento estrito dos compromissos assumidos na Comissão Bilateral Permanente que teve lugar a 11 de Fevereiro, em Lisboa", acrescenta ainda o comunicado do Ministério.

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