É o caos nas contas da Saúde. Os números que o ministro Luís Filipe Pereira apresentou no último Conselho de Ministros antes da aprovação da proposta de Orçamento de Estado (OE) para 2005 revelam o descalabro total na execução financeira do Serviço Nacional de Saúde (SNS) não só em 2004 como nos anos anteriores.

A previsão para o défice do exercício de 2004 disparou quase 2.338% em menos de um ano. Com efeito, a mais recente estimativa do Ministério aponta para um valor de 1.311,6 milhões de euros. A previsão inicial inscrita no OE/2004 apontava para um défice de apenas 53,8 milhões de euros.

O montante (agora corrigido) constitui o segundo mais elevado de sempre, só ultrapassado pelo "buraco" registado em 2002, o qual, no entanto, também ainda não era conhecido.

Esta derrapagem deveu-se, mais uma vez, ao aumento das despesas e à diminuição das receitas em relação ao previsto inicialmente. Do lado das despesas, o agravamento foi de 2,8%, enquanto que do lado das receitas verifica-se uma quebra de 14,5%.

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