Trump diz que tarifas vão ser fixadas nas próximas semanas após Bessent falar em prolongar pausa
O secretário do Tesouro tinha admitido que a pausa nas tarifas recíprocas poderia ser prolongada para além do prazo de 9 de julho. Poucas horas depois, Trump disse que as taxas vão ser fixadas nas próximas semanas e os países serão informados por carta.
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Os EUA poderão prolongar a pausa nas tarifas recíprocas, que o Presidente Donald Trump procura aplicar a todos os produtos importados aos parceiros comerciais, caso as negociações sejam conduzidas "de boa-fé", garantiu esta quarta-feira o secretário do Tesouro norte-americano.
Embora esta pausa esteja prevista terminar a 9 de julho, se "o Presidente Trump assim o decidir, acredito que, desde que um país negoceie de boa-fé, uma extensão [desta pausa] é possível", frisou Scott Bessent, ao Congresso dos EUA.
O secretário do Tesouro dos EUA adiantou ainda planeia também avançar "em direção a acordos regionais" com "países mais pequenos".
Contudo, poucas horas depois, Donald Trump garantiu que as tarifas vão ser fixadas unilateralmente e que os países vão ser informados por carta da decisão sobre as taxas dentro de uma semana e meia a duas semanas, disse o Presidente dos EUA aos jornalistas.
"A um certo ponto, vamos começar a enviar cartas. E penso que vão perceber que, ao dizermos este é o acordo, é pegar ou largar", disse Trump no Kennedy Center, em Washington.
Donald Trump anunciou no início de abril a implementação de tarifas recíprocas, que tributariam os produtos de um determinado país com base no défice comercial dos EUA com esse país.
Este anúncio causou considerável agitação política e uma quebra nos mercados financeiros, noticiou a agência France-Presse (AFP).
Pouco depois, Trump suspendeu as tarifas por 90 dias, dando tempo para negociar acordos comerciais com os vários países.
A suspensão aplica-se a todas as tarifas acima de uma sobretaxa de 10% recentemente imposta, que a administração Trump considera um nível mínimo para os produtos que entram nos Estados Unidos (com algumas exceções).
Washington afirma que as negociações com os principais parceiros comerciais dos Estados Unidos estão a progredir bem, mas apenas um princípio de acordo foi anunciado até ao momento, com o Reino Unido.
Donald Trump anunciou hoje que os Estados Unidos vão impor tarifas de 55% à China, que por sua vez manterá tarifas de 10% aos rival económico, no âmbito de um novo pacto comercial.
Numa publicação na rede social Truth Social, o chefe de Estado norte-americano destacou ainda que "ímanes e minerais de terras raras serão fornecidos pela China".
O Presidente norte-americano acrescentou que, conforme acordado em reuniões entre altos funcionários chineses e americanos em Londres, os EUA honrarão a sua parte do acordo, que inclui a concessão de vistos a estudantes chineses matriculados em universidades chinesas.
Pouco depois, numa outra publicação na mesma rede social, o Presidente dos EUA informou que vai trabalhar "em estreita colaboração" com Xi Jinping "para abrir a China ao comércio dos EUA".
A China e os Estados Unidos terminaram dois dias de negociações comerciais em Londres, na terça-feira, com um acordo preliminar para estabelecer uma estrutura mutuamente benéfica.
Notícia atualizada às 00h25 para acrescentar declarações de Trump
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