As linhas com que se cose o IRC mínimo
Uma taxa de pelo menos 15% a exigir parte dos lucros de cerca de 100 multinacionais – estes são os principais objetivos do novo IRC global, que deverá estar no terreno em 2023. Esta medida teve o impulso da nova responsável pelo Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen.
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COMO VAI FUNCIONAR O IMPOSTO GLOBAL? O acordo define uma taxa mínima global de 15%, mas isto não quer dizer que todos os países devem aumentar o seu IRC para essa taxa. Significa antes que os lucros das multinacionais seriam sujeitos a uma taxa efetiva mínima de 15%. Por exemplo, no caso de uma multinacional alemã que aloca os seus lucros à Irlanda, com uma taxa efetiva de 5%, a Alemanha ficaria com o direito de tributar os 10% restantes. Sobre que empresas incide o IRC mínimo? A proposta foca-se nas 100 maiores e mais lucrativas multinacionais, independentemente do tipo de negócio, digital ou não. Os países podem reivindicar o direito de tributar parte dos seus lucros, até 20% acima de uma margem de lucro de 10%. Quais são os próximos passos? Depois do acordo alcançado na quinta-feira pela OCDE, o G20 dos próximos dias 9 e 10 de julho vai analisar a proposta e, segundo já escreveu a Reuters, deve dar o seu aval ao acordo dos 130 países. No entanto, a medida tem de ser aprovada pelo Congresso norte-americano, possivelmente ainda este mês, e só voltará a ser discutida pelo G20 previsto para outubro. Quando é que o IRC mínimo está em vigor? Depois da reunião do G20 de outubro, o acordo será depois completado com um plano de implementação, prevendo-se a criação de legislação modelo e de um tratado multilateral, em 2022, para que o imposto chegue ao terreno em 2023.
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