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Caminhos do Governo são "estreitos" para impedir subida do risco da dívida

O ministro da Economia, Vieira da Silva, disse hoje que não há muito que o Governo possa fazer para impedir que o risco da dívida pública portuguesa continue a subir nos mercados internacionais.

08 de Setembro de 2010 às 14:47

"Para responder a essa situação, os nossos caminhos são estreitos", disse Vieira da Silva aos jornalistas à margem do seminário económico e financeiro "Discover Luxembourg", em Lisboa, com a presença do Grão-Duque do Luxemburgo.

Na terça feira, o risco da dívida pública portuguesa chegou a ser o que mais subia no mundo, com os Credit Default Swaps (CDS) - os títulos que protegem o investidor de eventuais riscos da dívida soberana - associados aos títulos de dívida pública portugueses com maturidade a 10 anos a agravarem-se e com Portugal a situar-se entre os 10 países com maior risco de incumprimento.

Também a diferença entre comprar dívida pública portuguesa e alemã atingiu terça-feira o nível mais alto de sempre. Para Vieira da Silva, a única forma de o Governo responder a esta situação é "cumprir o nosso papel e levar a cabo com determinação as políticas a que nos propusemos".

No entanto, o governante acrescentou que "este é um problema que existe em toda a Europa e com uma escala que nos ultrapassa".

Já hoje, o Estado português colocou no mercado 1,039 mil milhões de euros em duas emissões de obrigações com maturidades em 2013 e em 2021, dentro dos valores previstos, com os juros a superarem os das últimas emissões semelhantes.

No leilão de hoje do IGCP, Portugal colocou no mercado dívida com maturidade em 2013 no valor de 661 milhões de euros ao juro médio de 4,086%, acima do juro de 3,597% registado numa emissão da mesma maturidade a 9 de Junho.

Também na maturidade em 2021, Portugal desta vez pagou mais juros. Neste caso, foram colocados no mercado 378 milhões de euros ao juro médio de 5,973%, acima do juro de 4,171%o registado num leilão da mesma maturidade a 10 de Março.

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