CGTP anuncia greve geral para 11 de dezembro
O secretário-geral da CGTP anunciou este sábado uma greve geral contra o pacote laboral.
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O secretário-geral da CGTP anunciou este sábado uma greve geral para 11 de dezembro, no final da marcha nacional contra o pacote laboral, em Lisboa.
"Anunciamos a realização da greve geral contra o pacote laboral", disse o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, num discurso nos Restauradores, em Lisboa, no final de uma marcha contra o pacote laboral.
Tiago Oliveira disse que "com posição já tomada ou em processo final de decisão por muitas estruturas sindicais, foi possível estabelecer a convergência para uma greve geral no próximo dia 11 de dezembro".
Apesar de não ter mencionado outras estruturas sindicais, foi noticiado esta sexta-feira pelo Expresso que a UGT também se iria unir a esta greve geral.
"O ataque é brutal, vamos à greve geral", começaram a entoar os trabalhadores que assistiam ao discurso, após ter sido revelada uma faixa a anunciar a paralisação de 24 horas.
A marcha realizada este sábado teve início com duas concentrações no Saldanha e nas Amoreiras que se juntaram no Marquês de Pombal, tendo depois milhares de participantes descido a Avenida da Liberdade até aos Restauradores, onde Tiago Oliveira discursou.
O secretário-geral da CGTP afirmou que "quanto maior o ataque, maior será a resposta dos trabalhadores", apontando que foi realizada "uma grande marcha nacional contra o pacote laboral, mas a luta não vai parar".
Tiago Oliveira classificou este pacote laboral como "um dos maiores ataques já feito aos trabalhadores", reiterando que "é um chorrilho de alterações a legislação do trabalho que, se passassem, seria um verdadeiro retrocesso na vida de todos".
"São mais de 100 as matérias que este Governo quer rever da legislação laboral e vão todas no sentido de desiquilibrar as relações de trabalho a favor dos patrões", disse.
As alterações previstas na proposta - designada "Trabalho XXI" e que o Governo apresentou em 24 de julho como uma revisão "profunda" da legislação laboral - visam desde a área da parentalidade (com alterações nas licenças parentais, amamentação e luto gestacional) ao trabalho flexível, formação nas empresas ou período experimental dos contratos de trabalho, prevendo ainda um alargamento dos setores que passam a estar abrangidos por serviços mínimos em caso de greve.
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