Costa e Assis elogiam discurso "mobilizador" de Seguro
Seguro fez "excelente discurso" susceptível de "gerar apoio de todo o PS". António Costa já esperava discurso mobilizador .
Assis, candidato derrotado à liderança do PS, considerou que Seguro produziu "um excelente discurso", afirmando rever-se nas palavras do novo secretário-geral socialista.
Ainda no entender do ex-líder parlamentar socialista - que falava à saída do Congresso, a decorrer em Braga -, a "linha de orientação" definida por Seguro na abertura do conclave "é susceptível de gerar o apoio de todo o PS".
"O secretário-geral do PS fez do meu ponto de vista um excelente discurso, enunciou com clareza as grandes linhas de orientação do PS que vão marcar nos próximos anos e eu reconheço-me nestas linhas de orientação (...) acho que esta linha de orientação é susceptível de gerar o apoio de todo o PS", declarou.
Para Assis, as palavras do seu opositor na corrida à liderança permitiram uma "demarcação doutrinária muito clara" para "afirmar claramente a linha de orientação do PS como um grande partido de esquerda democrática que não ignora as circunstâncias actuais (...) mas que chama a atenção para que não se pode aproveitar essa crise para pôr em causa aspectos essenciais do nosso estado social".
"Creio que há aqui uma linha de demarcação muito evidente entre o PS e o Governo que tem de ser feita e que se vai agora materializar certamente com a apresentação de propostas concretas na AR", observou.
Questionado sobre a sinceridade do abraço que trocou publicamente com Seguro na abertura dos trabalhos, o ex-líder da bancada parlamentar do PS declarou: "O abraço é sentido. Evidentemente que tem uma componente política e não pode deixar de ser visto dessa forma. Mas eu e o António José Seguro somos amigos há 30 anos. Tivemos esta disputa política, esta divergência, mas a verdade é que somos amigos e portanto este abraço tinha uma componente afectiva indiscutível".
Costa diz que PS tem de ser o mesmo no Governo e na oposição
António Costa, número dois da lista de Assis à Comissão Nacional, apelidou de "mobilizador" como "era esperado" o discurso de Seguro.
O "número dois" da lista de Francisco Assis à Comissão Nacional do Partido Socialista acrescentou que "esta é a linha [de discurso] certamente para mobilizar o PS neste momento e para o PS cumprir aquele mandato que os portugueses lhe confiaram que é ser oposição séria, responsável, como deve ser".
"Acho que é fundamental que na oposição sejamos iguais ao que somos quando não somos oposição. O PS é um partido que está na oposição, não é um partido de oposição", frisou.
Sobre as críticas do secretário-geral do partido às medidas anunciadas pelo governo, e que não estavam definidas no memorando da troika, salientou ser "uma coisa que tem de ficar clara" sobre a qual o governo "deve meditar".
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