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É possível salvar a Cimeira de Cancun?

A cimeira de Cancun arrisca-se a ser uma repetição da cimeira de Copenhaga. Após o fracasso do COP15, as expectativas deram lugar ao pragmatismo e a algum pessimismo. O COP 16 começa a 29 de Novembro e prolonga-se até 10 de Dezembro. Os líderes mundiais têm duas semanas para recuperar as negociações sobre as alterações climáticas.

22 de Novembro de 2010 às 20:47

O acordo definia ainda a criação de um fundo de curto prazo de 30 mil milhões de euros para países pobres, que inclui as florestas. E um fundo de 100 mil milhões por ano a partir de 2020.

As enormes expectativas geradas do início da cimeira caíram por terra e o acordo foi considerado por muitos como um "fracasso" e uma "decepção".

Os meses que se seguiram à Cimeira de Copenhaga não produziram avanços significativos nas negociações, tendo ficado marcados algumas situações que em nada ajudaram a reavivar o "momentum" que se vivia antes de Copenhaga, entre eles, os erros do últimos relatório do IPCC e a saída de Yvo de Boer como chefe máximo das Nações Unidas para as alterações climáticas.

"A ordem do dia é pragmatismo"

No entanto, numa altura em que falta menos de uma semana para o início do COP16, as Nações Unidas acreditam que a cimeira vai produzir progresso "significativos" na área da protecção florestal, ajuda aos países em desenvolvimento e à partilha de tecnologia.

"Há muitas questões que estão perto de estar resolvidas para que seja alcançado um resultado final importante", afirmou Robert Orr, director de planeamento político do Secretário-Geral das Nações Unidas.

"Enquanto as expectativas para Copenhaga eram enormes, actualmente estamos num ponto diferente. A ordem do dia é pragmatismo e devemos realizar progressos onde podemos e nos temos que podemos", afirmou Robert Orr.

As Nações Unidas pretendem alcançar "uma série de entendimentos" que permita travar a destruição das florestas, que representa 20% das emissões de dióxido de carbono. Orr espera ainda que seja possível chegar a acordo sobre a transferência de tecnologia para mitigar os efeitos das alterações climáticas nos países mais pobres e prevê a criação de "centros regionais" que facilitem esta transferência.

A terceira área em que Orr acredita que é possível obter consensos é na ajuda monetária aos países em desenvolvimento.

"Precisamos de ser ambiciosos mas realistas e gerir as expectativas de forma a podermos a lançar as bases de medidas concretas", afirmou Orr.

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