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Economia das instituições premiada

Após 41 anos, finalmente um prémio Nobel da economia para uma mulher, Elinor Ostrom, da Universidade da Califórnia em Berkeley. Mas a distinção de Ostrom ganha importância ainda por um outro factor: dedicou a sua vida ao estudo da governance em economia, um tema de estudo que partilha com o outro laureado de 2009, Oliver Williamson.

12 de Outubro de 2009 às 13:34

Após 41 anos, finalmente um prémio Nobel da economia para uma mulher, Elinor Ostrom, da Universidade da Califórnia em Berkeley. Mas a distinção de Ostrom ganha importância ainda por um outro factor: dedicou a sua vida ao estudo da “governance” em economia, um tema de estudo que partilha com o outro laureado de 2009, Oliver Williamson. No meio da actual crise, marcada por um colapso de um edifício institucional suportado na crença nas virtudes da economia pura de mercado e dos contratos associados, o comité do banco central sueco parece ter pretendido evidenciar a importância de se estudarem melhor as instituições.

As contribuições de Williamson e de Ostrom “são complementares”, lê-se na nota divulgada esta manha pela Academia Sueca, onde se explica que “Williamson foca-se no problema de regular as transacções que não são cobertas por contratos detalhados ou regras legais”, enquanto “Ostrom foca-se no problema da implementação de regras”. A academia chama a atenção para o facto “em forte contraste para outras áreas da análise económica que presume que os contratos são completos e implementados automaticamente por um sistema legal que funciona perfeitamente, quer Ostrom quer Williamson analisam de frente os problemas de desenhar e implementar contratos”.

Elinor Ostrom

Nobel da Economia
Elinor Ostrom
, que baseou muito do seu trabalho em análise de experiências reais, “desafiou o sabedoria convencional de que a propriedade comum é mal gerida e que deveria por isso ser completamente privatizada ou regulada por autoridades centrais”, lê-se na nota. Ou seja, Ostom procurou estudar como é que os agentes decidem sobre a gestão de recursos comuns e que regras, estímulos e penalizações podem optimizar essa gestão. Do seu trabalho conclui-se que “o auto-governo de recursos comuns é possível”.

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