Economia das instituições premiada
Após 41 anos, finalmente um prémio Nobel da economia para uma mulher, Elinor Ostrom, da Universidade da Califórnia em Berkeley. Mas a distinção de Ostrom ganha importância ainda por um outro factor: dedicou a sua vida ao estudo da governance em economia, um tema de estudo que partilha com o outro laureado de 2009, Oliver Williamson.
Após 41 anos, finalmente um prémio Nobel da economia para uma mulher, Elinor Ostrom, da Universidade da Califórnia em Berkeley. Mas a distinção de Ostrom ganha importância ainda por um outro factor: dedicou a sua vida ao estudo da “governance” em economia, um tema de estudo que partilha com o outro laureado de 2009, Oliver Williamson. No meio da actual crise, marcada por um colapso de um edifício institucional suportado na crença nas virtudes da economia pura de mercado e dos contratos associados, o comité do banco central sueco parece ter pretendido evidenciar a importância de se estudarem melhor as instituições.
As contribuições de Williamson e de Ostrom “são complementares”, lê-se na nota divulgada esta manha pela Academia Sueca, onde se explica que “Williamson foca-se no problema de regular as transacções que não são cobertas por contratos detalhados ou regras legais”, enquanto “Ostrom foca-se no problema da implementação de regras”. A academia chama a atenção para o facto “em forte contraste para outras áreas da análise económica que presume que os contratos são completos e implementados automaticamente por um sistema legal que funciona perfeitamente, quer Ostrom quer Williamson analisam de frente os problemas de desenhar e implementar contratos”.
Elinor Ostrom
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